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Homem é preso no Reino Unido após casamento forçado

Com agravantes por estupro e bigamia, a pena que seria de sete anos de prisão passou para 16


	Tribunal: o promotor do caso disse esperar que "a sentença transmita uma mensagem forte, (ou seja) que não será tolerado o casamento forçado na Grã-Bretanha de hoje"
 (AFP)

Tribunal: o promotor do caso disse esperar que "a sentença transmita uma mensagem forte, (ou seja) que não será tolerado o casamento forçado na Grã-Bretanha de hoje" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2015 às 17h01.

Londres - A justiça galesa condenou a 16 anos de prisão um homem de 34 anos acusado, entre outras coisas, de ter obrigado a mulher a se casar com ele, aplicando pela primeira vez na Grã-Bretanha uma lei contra os casamentos forçados.

"Entre março e setembro de 2014, estuprou e ameaçou repetidamente sua vítima, antes de forçá-la a se casar com ele", disse a promotoria.

Segundo a mesma fonte, o juiz Daniel Williams declarou que o acusado não deu mostras de remorso depois de ter "provocado intencionalmente um dano irreparável" à jovem de 25 anos.

O promotor Iwan Jenkins disse esperar que "a sentença transmita uma mensagem forte, (ou seja) que não será tolerado o casamento forçado na Grã-Bretanha de hoje".

O casamento forçado pode dar lugar a sete anos de prisão desde junho de 2014 no País de Gales e na Inglaterra, e mais recentemente no resto do Reino Unido. Neste caso, a pena foi mais elevada porque a pessoa condenada também era acusada de estupro e bigamia, entre outras acusações.

A Unicef havia organizado em julho de 2014 em Londres uma conferência sobre a luta contra os casamentos forçados e a mutilação genital feminina, durante a qual a agência da ONU havia lamentado que mais de 700 milhões de mulheres no mundo tenham sido casadas quando eram crianças.

A conferência, intitulada "Girl Summit 2014", foi co-organizada pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, e foi a primeira deste tipo, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

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