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Hospitais de Gaza registram quase 100 mortes adicionais na sexta-feira

"Os hospitais de Gaza registraram sete novas mortes nas últimas 24 horas (durante a quinta-feira) na Faixa de Gaza por fome e desnutrição, entre elas uma criança", anunciou o Ministério da Saúde em um comunicado anterior

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 2 de agosto de 2025 às 13h15.

Os hospitais de Gaza registraram ao longo da sexta-feira, 1, a chegada de 98 corpos, elevando para 60.430 o total de mortos na ofensiva israelense desde o seu início em outubro de 2023, anunciou neste sábado o Ministério da Saúde da Faixa.

Dos mortos, 15 eram corpos resgatados dos escombros, por isso poderiam ter morrido antes de sexta-feira. Além disso, a pasta registrou 1.079 feridos ao longo do dia, elevando o total causado pela ofensiva de Israel em Gaza para 148.722.

"Os hospitais de Gaza registraram sete novas mortes nas últimas 24 horas (durante a quinta-feira) na Faixa de Gaza por fome e desnutrição, entre elas uma criança", anunciou o Ministério da Saúde em um comunicado anterior.

Com elas, são 169 pessoas que morreram por causas relacionadas à desnutrição em uma Faixa onde Israel limita o acesso a alimentos (que bloqueou completamente entre 2 de março e 19 de maio, resultando na atual crise de fome em Gaza).

Aos recorrentes bombardeios de Israel contra a Faixa, que causaram a morte de dezenas de milhares de pessoas, somam-se os tiroteios diários das tropas perto de pontos de distribuição de alimentos ou nas estradas por onde passam os caminhões com ajuda humanitária, que, segundo o Ministério da Saúde, tiraram a vida de 1.422 pessoas.

Essa última contagem é realizada desde 27 de maio, dia em que a americana Fundação Humanitária para Gaza (GHF, na sigla em inglês) começou a funcionar no enclave, com pontos de distribuição criticados pelas agências da ONU e outras ONGs por constituírem uma "militarização" da ajuda humanitária.

Em sua parte externa, ficam posicionadas tropas israelenses e, em seu interior, mercenários americanos. Ambos, especialmente o Exército, chegaram a abrir fogo contra os palestinos.

Um dos últimos incidentes dessa natureza ocorreu no norte do enclave no final da sexta-feira, quando tropas israelenses abriram fogo contra os palestinos que esperavam a passagem de caminhões com alimentos para saqueá-los (uma prática muito comum no norte, excluída pela GHF) e pegar seu conteúdo.

"O Hospital Al Quds na Cidade de Gaza recebeu até agora 12 mortos e 90 feridos como resultado da ocupação dirigida contra multidões e cidadãos que esperavam caminhões de ajuda na área de Nabulsi, no sudoeste da Cidade de Gaza", informou o Crescente Vermelho no final da noite de ontem.

O Hospital Shifa e a clínica Sheikh Radwan da capital de Gaza também receberam 31 corpos vindos da área de Zikim, a passagem de fronteira no extremo norte da Faixa, usada para a entrada de caminhões de ajuda nesta parte do enclave.

Além disso, diferentes meios de comunicação palestinos garantiram que as forças israelenses haviam se retirado do leste da capital, o que levou alguns de seus residentes a tentarem voltar para suas casas. Ao chegar à área, alguns foram vítimas de ataques aéreos de Israel.

O Hospital Batista Al Ahli, da Cidade de Gaza, registrou 18 mortos vindos do leste de Gaza após esses incidentes.

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