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Impedido de ir aos EUA, presidente da Autoridade Palestina pede ações da ONU contra Israel

Conflito no Oriente Médio é um dos principais temas nos discursos e reuniões da Assembleia Geral da ONU

Agência o Globo
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Publicado em 25 de setembro de 2025 às 11h15.

Impedido de viajar a Nova York após ter o visto diplomático negado pelo governo Trump, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, afirmou nesta sexta-feira na Assembleia Geral da ONU que a ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza é um genocídio "monitorado e documentado", que ficará registrado nos livros de História. Abbas cobrou ações decisivas para conter o que chamou de "planos expansionistas" de Israel. O líder palestino foi o único a participar por videoconferência do principal encontro da organização internacional.

"Nosso povo palestino na Faixa de Gaza tem enfrentado uma guerra de genocídio, destruição, fome e deslocamento imposta pelas forças de ocupação israelenses, na qual mais de 220 mil palestinos foram mortos ou feridos, a maioria deles crianças, mulheres e idosos desarmados", afirmou Abbas, listando outras denúncias como deslocamentos forçados, destruição de construções civis e bloqueio de ajuda humanitária.

"O que Israel está realizando não é apenas uma agressão. É um crime de guerra e um crime contra a humanidade, documentado e monitorado, que será registrado nos livros de história e nas páginas da consciência internacional como um dos capítulos mais horrendos da tragédia humanitária dos séculos XX e XXI", disse.

A participação de Abbas só foi possível após os Estados-membros aprovarem, por 145 votos a cinco, que seu pronunciamento ocorresse por videoconferência. Em agosto, o governo americano anunciou que negaria vistos a autoridades e diplomatas palestinos, incluindo Abbas, acusando a ANP e a Organização para Libertação da Palestina (OLP) de "não cumprirem seus compromissos e de minarem as perspectivas de paz".

A guerra entre Israel e Hamas, bem como as ações militares adjacentes conduzidas por Israel, foi citada em vários discursos ao longo dos primeiros dias da Assembleia Geral da ONU — incluindo no pronunciamento do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que classificou a guerra em Gaza como um genocídio e condenou o atentado terrorista lançado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. O assunto também foi tratado em reuniões à margem da AG.

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