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Influente rabino avisa seus seguidores a queimar iPhones

Haim Kanievsky comparou o smartphone com uma arma de guerra pelo "potencial dano que pode causar"


	iPhone: telefones inteligentes e seu acesso à internet e à televisão são incompatíveis com as normas de moral judia
 (Kevork Djansezian / Getty Images)

iPhone: telefones inteligentes e seu acesso à internet e à televisão são incompatíveis com as normas de moral judia (Kevork Djansezian / Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2012 às 13h57.

Jerusalém - O rabino Haim Kanievsky, considerado uma das cinco autoridades rabínicas mais influentes de Israel, emitiu um aviso a seus seguidores para que qualquer um que tenha em sua mão um smartphone iPhone o queime sem pena.

A promoção do último produto da marca Apple poderia sofrer um duro golpe em Israel depois que este importante rabino censurou o celular, ao qual comparar com uma arma de guerra pelo "potencial dano que pode causar", informa hoje a edição eletrônica do jornal "The Jerusalem Post".

Kanievsky se pronunciou assim em seu último édito religioso depois que vários usuários do entorno ultra-ortodoxo lhe interpelaram acerca da conveniência de usar o smartphone em consonância com a lei judia.

O anúncio faz parte de uma campanha iniciada anos atrás por líderes destas comunidades, que frequentemente denunciam que os telefones inteligentes e seu acesso à internet e à televisão são incompatíveis com as normas de moral judia pois facilitam conteúdos pornográficos e fontes de informação que vão além das estritas margens permitidas pelo mundo ultra-ortodoxo.

Vários membros destes grupos contam com "telefones celulares kosher", que não têm conexão à internet, não podem receber nem enviar mensagens e não ficam operacionais durante o dia de descanso sabático.

No dia 12 de setembro o rabino Lior Glazer protagonizou uma cerimônia ritual de destruição de IPhones na cidade de Bnei Brak, de maioria ultra-ortodoxa, em resposta à suposta influência maligna do aparelho.

A seita fundamentalista judia Eda Haredit também declarou guerra ao aparelho, da mesma forma que à versão de Android, BlackBerry e similares, por causa do "Holocausto espiritual" que na sua opinião provocam estes gadgets eletrônicos.

O "Canal 10" da televisão israelense divulgou ontem imagens de vários ultra-ortodoxos judeus quebrando em mil pedaços esses dispositivos com um martelo. 

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