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Irã amplia censura "inteligente" da Internet

Irã ampliará o que chama de "filtragem inteligente" da Internet, uma política de censurar conteúdo indesejável em websites sem bani-los completamente


	Censura na internet: República Islâmica tem alguns dos controles mais duros sobre acesso à Internet no mundo
 (Getty Images)

Censura na internet: República Islâmica tem alguns dos controles mais duros sobre acesso à Internet no mundo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2014 às 13h33.

Dubai - O Irã ampliará o que chama de "filtragem inteligente" da Internet, uma política de censurar conteúdo indesejável em websites sem bani-los completamente, como costumava fazer, disse o governo nesta sexta-feira.

A República Islâmica tem alguns dos controles mais duros sobre acesso à Internet no mundo, mas seus bloqueios de mídias sociais baseadas nos Estados Unidos como Facebook, Twitter e YouTube são rotineiramente contornados por iranianos entendidos de tecnologia usando redes privadas virtuais (VPNs, na sigla em inglês). Sob o novo esquema, Teerã pode suspender sua ampla proibição sobre os sites e, em vez disso, filtrar o conteúdo.

A política parece seguir a investida do presidente Hassan Rouhani para afrouxar algumas restrições sociais, mas não é claro se isso significará mais ou menos liberdade na Internet. Iranianos no Twitter expressaram preocupações que, como parte da nova política, o governo tentará bloquear o acesso via VPN para tais sites.

"No presente, o plano de filtragem inteligente está implementado apenas em uma rede social na fase de estudos pilotos e este processo continuará gradualmente até que o plano seja implementado em todas as redes", disse o ministro das Comunicações Mahmoud Vaezi, segundo a agência oficial de notícias Irna. Ele pareceu estar se referindo ao Instagram, site de compartilhamento de fotos do qual o Facebook é dono, que já está sendo filtrado mas não é bloqueado.

"Implementando o plano de filtragem inteligente, estamos tentando bloquear os conteúdos criminosos e antiéticos dos sites da Internet, enquanto o público poderá usar os conteúdos gerais destes sites", disse Vaezi em coletiva de imprensa.

A política estará completamente implementada até junho de 2015, disse ele.

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