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Irã e Síria assinam acordo econômico estratégico em Damasco

Entre os acordos fechados estão dois protocolos de entendimento entre as autoridades ferroviárias de ambos os países

Bandeira da Síria em frente à montanha Qasioun, em Damasco (Omar Sanadiki/Reuters)

Bandeira da Síria em frente à montanha Qasioun, em Damasco (Omar Sanadiki/Reuters)

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AFP

Publicado em 29 de janeiro de 2019 às 11h05.

Síria e Irã assinaram na segunda-feira (28) à noite onze acordos e protocolos, incluindo um pacto de cooperação econômica "estratégica" e "de longo prazo", para reforçar a cooperação entre ambos os países, aliados na guerra que assola o primeiro país desde 2011.

A agência oficial Sana informou sobre a conclusão dos acordos em vários âmbitos, como "a economia, a cultura, a educação, as infraestruturas [...], os investimentos e a moradia".

Os acordos foram alcançados durante a visita, nesta segunda-feira, do primeiro vice-presidente iraniano, Eshaq Jahangiri, a Damasco.

O primeiro-ministro sírio, Imad Khamis, comparou a assinatura a uma "mensagem ao mundo sobre a realidade da cooperação entre Síria e Irã [...]", e fez alusão às "facilidades legais e administrativas" das que se beneficiarão as empresas iranianas que desejem investir na Síria e contribuir "eficazmente para a reconstrução".

Entre os acordos fechados estão dois protocolos de entendimento entre as autoridades ferroviárias de ambos os países e entre as autoridades respectivas da promoção de investimentos.

No ramo das infraestruturas, figura a reabilitação de "dois portos [...], de Tartus e [...] de Latakia, assim como a construção de uma central energética de uma capacidade de 540 megawatts [...]", segundo Khamis.

A isso, se soma "uma dezena de projetos no setor petroleiro e da agricultura", acrescentou.

A economia síria se viu fortemente atingida pelo conflito, com muita infraestrutura danificada.

Segundo estimativas da ONU, o custo das destruições decorrentes da guerra chegaria aos 400 bilhões de dólares.

O Irã ficará "ao lado da Síria na próxima fase, que será marcada pela reconstrução", prometeu o primeiro vice-presidente iraniano.

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