Mundo

Irmandade Muçulmana se manifestará contra golpe no Egito

Em comunicado divulgado pelo grupo, Aref insistiu na necessidade de que as manifestações sejam pacíficas e não acabem em violência


	Os partidários de Mursi continuaram a protestar em diferentes cidades do país em defesa da legitimidade do presidente deposto, pedindo que ele fosse restituído
 (REUTERS/Suhaib Salem)

Os partidários de Mursi continuaram a protestar em diferentes cidades do país em defesa da legitimidade do presidente deposto, pedindo que ele fosse restituído (REUTERS/Suhaib Salem)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 19h05.

Cairo - Egípcios membros da Irmandade Muçulmana se manifestarão na sexta-feira contra o golpe de Estado militar que depôs e prendeu o presidente do Egito Mohamed Mursi, anunciou nesta quinta-feira um de seus porta-vozes, Ahmed Aref.

Em comunicado divulgado pelo grupo, Aref insistiu na necessidade de que as manifestações sejam pacíficas e não acabem em violência.

Além disso, pediu que as instituições do estado garantam a segurança dos cidadãos.

O porta-voz condenou também a detenção de líderes da Irmandade Muçulmana e o fechamento de canais de televisão islâmicos, uma das práticas que "devolvem ao Egito a tirania, a ditadura e a corrupção que sofreu durante as três décadas em que Hosni Mubarak governou o país".

Aref participou de uma conferência organizada pela Aliança Nacional em Defesa da Legitimidade Eleitoral - que inclui os membros da Irmandade Muçulmana - na praça Rabea al Adauiya, no Cairo, palco de manifestações a favor de Mursi.

As Forças Armadas egípcias depuseram na quarta-feira o chefe de Estado muçulmano, eleito há um ano, e designaram como líder interino do país o presidente do Tribunal Constitucional, Adly Mansour, que deverá convocar e supervisionar as próximas eleições presidenciais.

Os partidários de Mursi continuaram a protestar em diferentes cidades do país em defesa da legitimidade do presidente deposto, pedindo que ele fosse restituído.

Enquanto isso, o paradeiro de Mursi continua oficialmente em segredo, embora uma fonte da Irmandade Muçulmana tenha dito que o líder foi retirado de sua equipe presidencial e levado para o Ministério da Defesa, onde estaria detido.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoIrmandade MuçulmanaMohamed MursiPolíticosProtestosProtestos no mundo

Mais de Mundo

Em encontro com Boric, Lula diz que Trump trata latinos como 'inimigos'

Eleições no Canadá registram recorde de votação antecipada

Irã anuncia adiamento da reunião técnica nuclear com os EUA para sábado