Mundo

Islamitas admitem plano de atentado contra ultradireitistas

O grupo planejava um atentado contra uma manifestação de extrema direita que não ocorreu porque a marcha terminou antes do esperado

Birmingham, centro da Inglaterra: o plano supostamente fracassou porque os cinco membros que se dirigiam à manifestação chegaram duas horas depois que os participantes do ato se dispersaram. (GettyImages)

Birmingham, centro da Inglaterra: o plano supostamente fracassou porque os cinco membros que se dirigiam à manifestação chegaram duas horas depois que os participantes do ato se dispersaram. (GettyImages)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 15h05.

Londres - Seis extremistas islâmicos britânicos se declararam nesta terça-feira culpados de planejar um atentado contra uma manifestação de extrema direita que não ocorreu porque a marcha terminou antes do esperado.

Jewel Uddin, Omar Mohammed Khan, Mohammed Hasseen, Anzal Hussain, Mohammed Saud e Zohaib Ahmed admitiram ter preparado um ato terrorista entre 1 de maio e 4 de julho de 2012, em seu comparecimento por videoconferência perante o tribunal londrino de Woolwich.

O grupo, originário de Birmingham (centro da Inglaterra) tramava atacar com duas escopetas, espadas, facas e uma bomba de fabricação caseira cheia de estilhaços uma manifestação da anti-islâmica English Defence League (EDL, Liga de Defesa Inglesa) no dia 30 de junho em Dewsbury (norte).

Mas o plano supostamente fracassou porque os cinco membros que se dirigiam à manifestação chegaram duas horas depois que os participantes do ato, que, segundo a polícia, reuniu até 750 pessoas, se dispersaram.

A trama foi descoberta quando dois deles foram alvo de uma batida policial durante seu retorno a Birmingham, e os agentes que apreenderam seu veículo por falta de seguro encontraram as armas e 10 cópias de uma carta dirigida aos inimigos de Alá, incluindo a rainha Elizabeth II, o primeiro-ministro David Cameron e a EDL.

"À EDL (Liga de Bêbados Ingleses). Inimigos de Alá! Nós os ouvimos e vimos insultando abertamente o mensageiro final de Alá (...) vocês devem saber que para cada ação há uma reação", afirmava a nota.


"O que fizemos hoje foi em represália por seus insultos ao profeta Maomé (que a paz esteja com ele) e em represália por sua cruzada contra o islã e os muçulmanos em escala global. É a maior honra para nós fazer o que fizemos", acrescentava.

Os seis acusados devem ser condenados no dia 6 de junho e correm o risco de passar bastante tempo atrás das grades.

"Isto provocará penas de prisão significativas. Não há nenhuma dúvida sobre isso", declarou o juiz Nicholas Hilliard durante a audiência desta terça-feira.

Na semana passada, outros 11 islamitas britânicos que planejaram atentados potencialmente mortíferos supostamente apoiados pela Al-Qaeda foram condenados por outro juiz do mesmo tribunal a penas que iam da prisão perpétua, com 18 anos de cumprimento mínimo, a três anos de prisão.

Acompanhe tudo sobre:EuropaIslamismoPaíses ricosReino UnidoTerrorismo

Mais de Mundo

Cardeais discutem situação financeira da Santa Sé, um dos desafios do novo papa

Trump diz não querer que China sofra com tarifas que impôs ao país

Ucrânia expressa disponibilidade para declarar trégua de até 3 meses

O que acontece quando um país muda sua capital?