Agência de Notícias
Publicado em 14 de julho de 2025 às 15h21.
O Exército de Israel afirmou nesta segunda-feira que atacou vários tanques que identificou entre Al Mazraah e Sami, "avançando" em direção a Al Sueida, no sul da Síria, "para impedir sua chegada à região".
"A presença desses ativos no sul da Síria poderia representar uma ameaça para o Estado de Israel. O Exército não permitirá o estabelecimento de uma ameaça militar no sul da Síria e operará contra ela", diz a nota militar, que acrescenta que a área continua sob monitoramento.
Este ataque israelense ocorre após confrontos nos últimos dias entre grupos militares locais e clãs da cidade de Al Sueida, de maioria drusa, que deixaram cerca de 30 mortos e mais de uma centena de feridos, segundo dados do Ministério do Interior da Síria.
O departamento governamental sírio explicou que os choques "eclodiram em um contexto de tensões acumuladas em épocas anteriores" e alertou que "a ausência de instituições oficiais agravou o caos e a deterioração da segurança".
Desde a chegada dos rebeldes a Damasco, que culminou com a queda do regime de Bashar al Assad no final de dezembro, Israel mantém tropas implantadas na zona desmilitarizada das Colinas de Golã.
O governo de Benjamin Netanyahu advertiu que não permitirá que grupos armados, incluindo os do novo governo sírio, se instalem na zona sul do país.
Com o fim do regime sírio anterior, Israel também bombardeou várias vezes alguns pontos do país. O Executivo israelense justifica essas ações alegando que tem um compromisso com a comunidade drusa "unida por laços familiares e histórias com os irmãos drusos de Israel".
De fato, no último mês de maio, Israel realizou algumas evacuações de sírios drusos feridos para Israel.
Israel ocupa desde 1967 as Colinas de Golã sírias, que anexou em 1981 e onde residem cerca de 24.000 drusos, uma minoria árabe, muitos dos quais possuem passaporte israelense.