Repórter
Publicado em 8 de outubro de 2025 às 20h07.
Última atualização em 8 de outubro de 2025 às 20h32.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que Israel e o Hamas assinaram o acordo de paz proposto por Washington. O presidente comentou sobre o acordo entre as duas partes em sua rede social.
Trump afirmou que Israel e Hamas concordaram com os termos da primeira fase do plano. Segundo ele, os reféns mantidos pelo grupo terrorista desde 7 de outubro de 2023 na Faixa de Gaza serão libertados.
Após o anúncio de Trump, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que "com a ajuda de Deus iremos trazer todos [os reféns] para casa".
O presidente americano também afirmou que Israel recuará suas tropas que estão em Gaza para uma "linha acordada", mas não deu mais detalhes sobre isso. Mais cedo, o republicano disse que viajaria ao Oriente Médio no caso do acordo de paz avançar entre as partes.
À CNN, um membro do governo do Qatar, que está envolvido nas negociações de paz em Gaza, disse que o acerto significa "o começo do fim da guerra, a liberação dos reféns israelenses e a entrada de ajuda humanitária" na região.
O grupo palestino Hamas divulgou na terça-feira uma lista de demandas para fechar um acordo de paz com Israel e colocar fim a um conflito que completa 2 anos exatamente neste dia 7 de outubro.
A lista do Hamas, fornecida pelo porta-voz Fawzi Barhoum ao site da Al-Jazeera, inclui os seguintes termos
Parte dos pedidos já havia sido contemplada no plano de paz anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e pelo premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, na semana passada.
Israelenses e palestinos vivem um confronto há décadas. Israel foi criado, no fim dos anos 1940, sobre terras que os palestinos ocupavam anteriormente, após a ONU propor a fundação de dois países na região, um para os judeus e outro para os palestinos.
No entanto, nenhum dos lados concordou com a divisão feita em 1947. Os palestinos tentaram invadir o território dado a Israel, mas foram expulsos, dando origem a um conflito que dura até hoje. Nas décadas seguintes, Israel conquistou outras áreas e reduziu o espaço dos palestinos a dois blocos, um na Cisjordânia e outro na Faixa de Gaza.
A fase atual do confronto começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas, grupo que controla Gaza, fez um ataque ao território israelense, que matou 1.219 pessoas e sequestrou 251. Em seguida, Israel invadiu Gaza para buscar os reféns e acabar com o poder de ataque do Hamas.
Mais de 66.000 pessoas foram mortas em Gaza desde o início da guerra, segundo números do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. Os dados são questionados por Israel e seus aliados, mas considerados confiáveis pela ONU.