Agência de Notícias
Publicado em 23 de junho de 2025 às 16h12.
Apesar da escalada da ofensiva contra o Irã desde 13 de junho, o Exército israelense não concluirá sua ofensiva na Faixa de Gaza até que a "ameaça" do Hamas seja eliminada, confirmou um oficial das Forças Armadas nesta segunda-feira, 23.
O comandante do Comando Sul em Gaza, Yaniv Asor, declarou em reunião com tropas da 252ª Divisão que Israel "não tolerará" a presença do Hamas na Faixa e, portanto, não encerrará a guerra no enclave palestino "até que a ameaça seja eliminada".
Asor enfatizou a importância das operações israelenses em Gaza, juntamente com a Operação Leão em Ascensão contra o Irã. "Estes são dias históricos, nos quais estamos atacando o Irã, a cabeça da serpente", disse ele, segundo um comunicado do Exército.
"Estamos em guerra desde 7 de outubro", disse o oficial israelense, que enquadrou a ofensiva contra o Irã como parte de uma guerra "para viver como pessoas livres em nosso país, para preservar a pátria judaica".
Ele lembrou que a ofensiva contra o Hamas em Gaza visa "devolver os reféns e os mortos" a Israel, uma missão que "vive profundamente" nos soldados israelenses.
Neste domingo, o Exército recuperou os corpos de três reféns israelenses mortos durante o ataque do Hamas contra território israelense em 7 de outubro de 2023, na Faixa de Gaza. Eles foram identificados como o jovem Jonathan Samrano, o sargento Shai Levinson e a idosa Ofra Kedar, natural do Kibutz Beeri.
Apesar da escalada das hostilidades com o Irã após o bombardeio de alvos militares e o programa nuclear no país persa, Israel mantém várias frentes abertas na região.
Além da ofensiva contra o Hamas em Gaza, o conflito também envolve o grupo xiita libanês Hezbollah e os rebeldes iemenitas Houthi, todos aliados ao regime iraniano.
Nesta segunda-feira, o exército israelense atacou "alvos militares" do Hezbollah no Líbano, de acordo com um comunicado militar, que afirma ter atingido "lançadores de foguetes e mísseis e depósitos de armas" ao norte do Rio Litani.