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Itália convoca embaixador de Israel após tiros de advertência contra diplomatas na Cisjordânia

O exército de Israel reconheceu que suas tropas realizaram "disparos de advertência"

Antonio Tajani: disse previamente que havia conversado com Alessandro Tutino, o cônsul-geral adjunto da Itália em Jerusalém (Mac Innes Photography/Dept of the Taoiseach/Getty Images)

Antonio Tajani: disse previamente que havia conversado com Alessandro Tutino, o cônsul-geral adjunto da Itália em Jerusalém (Mac Innes Photography/Dept of the Taoiseach/Getty Images)

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Publicado em 21 de maio de 2025 às 12h33.

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O chefe da diplomacia italiana, Antonio Tajani, convocou nesta quarta-feira (21), o embaixador de Israel para exigir "explicações oficiais" depois que o exército israelense realizou disparos de advertência contra um grupo de diplomatas na Cisjordânia.

"Acabo de dar instruções (...) para convocar o embaixador de Israel em Roma com a finalidade de obter explicações oficiais sobre o que ocorreu em Jenin", escreveu no X, após ter denunciado anteriormente ameaças "inaceitáveis".

O exército de Israel reconheceu que suas tropas realizaram "disparos de advertência" depois que um grupo de diplomatas desviaram da rota aprovada durante uma visita a Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada.

O corpo armado acrescentou que não foram reportados feridos e lamentou "o incômodo causado" durante a visita da legação, que incluiu diplomatas de China, Japão, México, França, Países Baixos, Itália, Espanha e Romênia.

Tajani disse previamente que havia conversado com Alessandro Tutino, o cônsul-geral adjunto da Itália em Jerusalém, que estava "entre os diplomatas presentes durante os disparos perto do campo de refugiados de Jenin".

"Instamos ao governo israelense que esclareça imediatamente o que aconteceu. Ameaças contra diplomatas são inaceitáveis", escreveu o ministro das Relações Exteriores no X.

O incidente ocorreu em meio à crescente pressão internacional sobre Israel devido à sua ofensiva implacável na Faixa de Gaza.

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