Mundo

Itamaraty condena ataque a tiros em Jerusalém

Governo brasileiro, porém, evita falar em ataque terrorista; ação foi reivindicada pelo Hamas

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 9 de setembro de 2025 às 15h00.

Última atualização em 9 de setembro de 2025 às 15h37.

Tudo sobreOriente Médio
Saiba mais

O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota, nesta terça-feira, em que condena o ataque a tiros realizado, na segunda-feira, nas proximidades do assentamento de Ramot, em Jerusalém Oriental, que provocou seis mortes e diversos feridos. No comunicado, o Itamaraty repudia os atos de violência na região.

"Ao transmitir condolências aos familiares das vítimas e ao povo israelense, o Brasil manifesta seu repúdio a atos de violência de qualquer natureza, e reafirma sua convicção de que a paz na região somente será possível mediante uma solução política", diz a nota, que não fala em ataque terrorista.

A autoria do ataque foi reivindicada pelas Brigadas Ezzedine al-Qassam, braço armado do grupo terrorista Hamas, que havia celebrado o atentado como "uma resposta natural aos crimes da ocupação" na Faixa de Gaza, sem assumir a responsabilidade pelo ato.

"As Brigadas Al-Qassam anunciam sua responsabilidade pelo ataque a tiros ocorrido ontem [segunda-feira] de manhã... nas proximidades do entroncamento do assentamento de Ramot, que se encontra nas terras da nossa amada Jerusalém", diz o comunicado divulgado pelo grupo por meio do Telegram.

O atentado de segunda-feira foi um dos mais letais em Jerusalém em anos. Dois atiradores abriram fogo contra um ponto de ônibus em um importante cruzamento na entrada do bairro de Ramot, em Jerusalém Oriental, área de maioria palestina ocupada e anexada por Israel. Além das vítimas que morreram no local e após o socorro inicial, cerca de 30 feridos precisaram de atendimento hospitalar.

Os atiradores foram identificados como sendo homens palestinos dos vilarejos de al-Qubeiba e Qatanna, ambos na Cisjordânia, a cerca de 10 km do local do atentado. Eles estavam em posse de várias armas, munição e facas, que foram apreendidas posteriormente pela polícia. Os dois foram mortos por um militar e um civil, que estavam no local e responderam aos disparos.

Vídeos gravados no momento do atentado mostram que houve corre-corre entre as pessoas que tentavam escapar do local. Testemunhas disseram ter temido pelo pior.

Acompanhe tudo sobre:JerusalémTerrorismoHamasOriente Médio

Mais de Mundo

Macron nomeia Sébastien Lecornu como novo primeiro-ministro da França

Após decisão da Suprema Corte, EUA diz que detenções de imigrantes não se baseiam em perfil racial

Netanyahu diz que ataque no Catar ocorreu por causa de atentado do Hamas em Jerusalém

Egito afirma que ataque israelense 'inaceitável' em Doha abre 'precedente perigoso'