Agência de notícias
Publicado em 4 de junho de 2025 às 17h16.
O Itamaraty intensificou os trabalhos de assistência a brasileiros que estão nos Estados Unidos diante de uma nova onda de deportações promovidas pelo governo de Donald Trump. A atuação tem sido feita em duas frentes: atendimento aos nacionais presos em centros de detenção e a cidadãos que buscam os onze consulados que existem no país em busca de documentos, como o registro de filhos e a emissão de passaportes.
Segundo interlocutores do Ministério das Relações Exteriores, houve aumento significativo da demanda junto às representações do Brasil nos EUA. Por isso, a atuação da pasta foi intensificada, com uma força tarefa em Brasília.
A rede de consulados aumentou a frequência de visitas aos centros de detenção do ICE (sigla em inglês para U.S. Immigration and Customs Enforcement). Os diplomatas buscam informações sobre o tratamento dado aos brasileiros presos, como alimentação e condições de saúde. Também são realizados contatos com as autoridades migratórias dos EUA.
Em outra ponta, os consulados, com o apoio da estrutura de Brasília, aumentaram a quantidade de documentos fornecidos. Existe um diagnóstico, no Itamaraty, que mostra o crescimento da procura por esses serviços, a partir da posse do presidente americano Donald Trump.
Um interlocutor explicou que, até recentemente, cidadãos brasileiros que não eram regularizados nos EUA registravam seus filhos naquele país, para terem nacionalidade americana. Porém, com a possibilidade de serem deportados e evitar problemas para trazer ao Brasil seus dependentes, a situação se inverteu.
A emissão de passaportes nacionais para essas pessoas também é um destaque nessa força-tarefa. De acordo com o Itamaraty, além da digitalização dos serviços, o órgão promove consulados itinerantes em cidades onde não existe representação do Brasil.