Mundo

Japão protesta duramente contra exercícios militares russos

Ilhas do Pacífico que também são reivindicadas pelos japoneses têm causado tensão nas relações entre os dois países desde o fim da Segunda Guerra Mundial


	Ilhas Kurile: Rússia assumiu o controle das ilhas das mãos do Japão nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial
 (Kyodo/Reuters)

Ilhas Kurile: Rússia assumiu o controle das ilhas das mãos do Japão nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial (Kyodo/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2014 às 09h57.

Tóquio - O Japão protestou com veemência nesta quarta-feira contra um exercício militar russo em ilhas do Pacífico que também são reivindicadas pelos japoneses e tem causado tensão nas relações entre os dois países desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Os exercícios nas ilhas disputadas representam um golpe contra os esforços do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, de aproximação com a Rússia, rica em recursos, e de manutenção de um canal de diálogo aberto, apesar da crise na Ucrânia.

A Rússia assumiu o controle das ilhas das mãos do Japão nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial e uma disputa pelo território tem impedido os países vizinhos de assinarem um tratado de paz formal.

As ilhas são conhecidas com Kuriles do Sul na Rússia e Territórios do Norte no Japão. "A condução desse tipo de exercícios nos Territórios do Norte é totalmente inaceitável", disse Abe a jornalistas.

O Japão protocolou um "forte protesto" na embaixada russa em Tóquio, disse o Ministério das Relações Exteriores japonês em comunicado, afirmando que os exercícios são "extremamente lamentáveis".

O Japão já havia expressado indignação logo no início dos exercícios militares, mas reiterou sua objeção nesta quarta-feira.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDiplomaciaEuropaGuerrasJapãoPaíses ricosRússia

Mais de Mundo

Xi Jinping conversa com Putin por telefone e diz que país vê 'esforços positivos' para fim da guerra

Quem é Friedrich Merz, novo chanceler da Alemanha que quer independência dos EUA

Hamas diz que não vai retomar negociação com Israel até que país solte detentos palestinos

Guerra na Ucrânia completa três anos e Zelensky elogia 'heroísmo' da população