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JD Vance afirma que Europa não deve ser 'vassalo permanente' dos Estados Unidos

Em entrevista, JD Vance argumenta que a Europa deve buscar mais independência em questões de segurança e comércio, sem depender dos Estados Unidos

Independência europeia: JD Vance defende que a Europa não seja mais dependente dos Estados Unidos em questões de segurança (AFP)

Independência europeia: JD Vance defende que a Europa não seja mais dependente dos Estados Unidos em questões de segurança (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 15 de abril de 2025 às 13h14.

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A Europa é "nosso aliado", mas não pode ser um "vassalo permanente" dos Estados Unidos nas áreas de segurança e comércio, declarou o vice-presidente americano JD Vance em uma entrevista ao portal de notícias britânico UnHerd publicada nesta terça-feira.

Desde que retornou à Casa Branca no início do ano, o presidente Donald Trump colocou em dúvida seu compromisso com a Otan, afirmando que a Europa deve cuidar de sua própria segurança.

Seu vice-presidente critica frequentemente vários líderes europeus e, em um discurso em Munique em fevereiro, acusou a Europa de sufocar a liberdade de expressão e de não combater a imigração de maneira suficiente.

"Eu amo a Europa... Eu amo os europeus", disse Vance ao site UnHerd na segunda-feira, em raros comentários favoráveis à União Europeia e ao Reino Unido.

"Não é bom para a Europa ser vassalo permanente dos Estados Unidos em termos de segurança", acrescentou o vice-presidente americano.

"Não quero que os europeus simplesmente façam o que os americanos mandam. Não acho que seja do interesse deles, e também não acho que seja do nosso interesse".

"Consideramos a Europa como nosso aliado. Queremos apenas uma aliança em que os europeus sejam um pouco mais independentes, e nossas relações de segurança e comércio vão refletir isso", disse o vice-presidente americano.

"A realidade é que - é brutal dizer, mas é verdade - toda a infraestrutura de segurança europeia tem sido, desde que nasci, subsidiada pelos Estados Unidos", afirmou na entrevista.

JD Vance apontou que, com exceção da França, Reino Unido e Polônia, "a maioria dos Estados europeus não tem um exército capaz de fornecer uma defesa razoável".

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