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Jihadistas querem mulheres invisíveis na Síria, diz ONG

Novo código de vestimenta que proíbe a exibição dos olhos torna as mulheres quase invisíveis

As mulheres não podem vestir abayas (túnicas que cobrem a roupa até os pés) que mostrem vestidos coloridos por baixo (Khaled Khatib/AFP)

As mulheres não podem vestir abayas (túnicas que cobrem a roupa até os pés) que mostrem vestidos coloridos por baixo (Khaled Khatib/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 15h16.

Beirute - Os jihadistas sunitas do Estado Islâmico (EI) impuseram em uma província da Síria sob seu controle um novo código de vestimenta para as mulheres que as torna quase invisíveis, advertiu nesta quinta-feira a organização Observatório Sírio de Direitos Humanos.

"Está proibido que as mulheres mostrem seus olhos", afirma um comunicado do EI distribuído na rica província oriental de Deir Ezzor.

Além disso, as mulheres não podem vestir abayas (túnicas que cobrem a roupa até os pés) que mostrem vestidos coloridos por baixo.

"Os abayas não devem ter nenhuma pérola, lantejoula ou nenhum outro objeto de ornamentação", afirma o EI, e a mulheres "não devem caminhar de salto alto".

"Quem violar estas proibições será punida", advertem os jihadistas, sem informar a natureza do castigo.

O EI anunciou no mês passado a proclamação de um califado entre Síria e Iraque.

Nos bairros da cidade de Deir Ezzor, os jihadistas também proibiram o narguilé, o tabaco e os cigarros, afirma o Observatório.

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