Mundo

Julgamento contra vice-presidente iraquiano é adiado

Tareq al Hashemi é acusado de crimes de terrorismo e está atualmente na Turquia

Em sinal de protesto pela detenção de Hashemi, o bloco político do vice-presidente, Al Iraqiya, chegou a boicotar temporariamente as reuniões do Governo e do Parlamento (Reprodução)

Em sinal de protesto pela detenção de Hashemi, o bloco político do vice-presidente, Al Iraqiya, chegou a boicotar temporariamente as reuniões do Governo e do Parlamento (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2012 às 09h59.

Bagdá - Um tribunal do Iraque decidiu nesta quinta-feira adiar até 10 de maio o julgamento contra o vice-presidente sunita do país, Tareq al Hashemi, acusado de crimes de terrorismo e está atualmente na Turquia, segundo o canal de televisão "Al Iraqiya".

A primeira sessão do julgamento contra Hashemi e seus guarda-costas ocorreu hoje e ocorre em meio a uma forte crise política iniciada em dezembro do ano passado, após a emissão de uma ordem de detenção contra o vice-presidente sunita.

O porta-voz do Conselho da Justiça Suprema do Iraque, Abdel Sattar Al Biriqdar, disse à imprensa que, antes do início da sessão, a defesa de Hashemi pediu ao Tribunal de Justiça para que o caso seja transferido ao Tribunal de Unidade Supremo. A Justiça iraquiana deve decidir nas próximas horas sobre a mudança do processo para outra corte.

Hashemi e seus guarda-costas são acusados de cometer diversos crimes, entre eles o assassinato de seis juízes, um diretor-geral no Ministério de Segurança Nacional, um oficial do Ministério do Interior e uma advogada. Mas, por falta de provas, 13 guarda-costas do vice-presidente foram postos em liberdade, enquanto outros 73 ficaram detidos.

O vice-presidente sunita, acusado de haver encomendado a seus guardas vários assassinatos, buscou refúgio no Curdistão iraquiano e agora se encontra na Turquia.

Em sinal de protesto pela detenção de Hashemi, o bloco político do vice-presidente, Al Iraqiya, chegou a boicotar temporariamente as reuniões do Governo e do Parlamento.

Em 28 de abril, vários líderes políticos iraquianos se reuniram em Erbil, capital do Curdistão iraquiano, e concordaram que para a solução à crise deve ser reativado o acordo que permitiu a formação de um Governo em 2010.

Acompanhe tudo sobre:IraqueJustiçaTerrorismo

Mais de Mundo

Ministro da Defesa de Israel diz que líder supremo do Irã pode ter destino como de Saddam Hussein

Governo de Portugal quer endurecer mais as regras de imigração; veja as mudanças propostas

Guarda Revolucionária do Irã alega ter atacado QG do Mossad em Tel Aviv; Israel não comenta

Veja as 10 melhores cidades do mundo para se viver em 2025