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Junta da Tailândia intima mais políticos após assumir poder

A junta militar da Tailândia intimou 16 políticos, após os militares tomarem o poder em um golpe de estado


	Soldados na Tailândia: desde sexta-feira, os militares intimaram mais de 200 pessoas
 (Athit Perawongmetha/Reuters)

Soldados na Tailândia: desde sexta-feira, os militares intimaram mais de 200 pessoas (Athit Perawongmetha/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 14h23.

Bangcoc - A junta militar da Tailândia intimou nesta terça-feira 16 políticos, um dia depois de o rei Bhumibol Adulyadej dar o sinal verde para que ela assumisse o governo após os militares tomarem o poder em um golpe de estado.

Entre eles estão o ex-presidente do parlamento, Ukrit Mongkolnavin e políticos não vinculados com nenhuma dos grupos enfrentados, como o populista ex-dono de prostíbulos, Chuwit Kamolvisit.

Os militares também convocarão líderes do movimento contra o governo que nos últimos sete meses protestaram contra o executivo em manifestações que deixaram 28 mortos e 800 feridos e que provocaram a intervenção do exército.

Desde sexta-feira, os militares intimaram mais de 200 políticos, aliados e colaboradores do governo deposto, intelectuais, acadêmicos, ativistas e jornalistas, a maioria deles detidos temporariamente.

Nos últimos dias os militares também convocaram os diretores de 18 jornais, que receberam indicações sobre como devem informar, e grandes empresários, aos quais os militares pediram neutralidade e ajuda para tranquilizar os investidores estrangeiros.

O chefe do exército, o general Prayuth Chan-Ocha, foi confirmado formalmente ontem pelo rei como líder do Conselho Nacional para a Paz e a Ordem, nome oficial do novo regime.

Prayuth defendeu a intervenção do exército como necessária após meses de protestos por causa do risco iminente de uma explosão da violência entre partidários e opositores do governo.

O general garantiu que serão organizadas eleições gerais tão em breve quanto possível e se restabeleça a calma, mas evitou indicar prazos.

A junta militar, que nos últimos dias afiançou seu poder com a dissolução do Senado e a expulsão de altos cargos da polícia, tinha anunciado a intenção de promover um processo de reformas políticas e econômicas.

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