Mundo

Justiça argentina abre processo que pode levar Cristina Kirchner à prisão

A justiça argentina abriu processo contra a ex-presidente por associação ilícita e 27 fatos vinculados a suborno e corrupção

Imagem de arquivo de Cristina Kirchner: ex-presidente argentina sofre processos com acusações de corrupção (Marcos Brindicci/Reuters)

Imagem de arquivo de Cristina Kirchner: ex-presidente argentina sofre processos com acusações de corrupção (Marcos Brindicci/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 20 de dezembro de 2018 às 16h58.

A Justiça da Argentina confirmou hoje (20) a abertura de processo contra a ex-presidente da República e senadora Cristina Kirchner (2007-2017), de 65 anos, e vários de seus ex-assessores por associação ilícita e 27 fatos vinculados a suborno e corrupção. A ação determina pena de prisão preventiva para a ex-presidente, que é acusada de ser chefe de quadrilha.

Porém, o destino de Cristina Kirchner está nas mãos do Senado, uma vez que ela tem mandato parlamentar e imunidade. Caberá ao Parlamento decidir se deve ser aberto um procedimento interno, permitindo a punição penal.

O assunto é destaque na imprensa argentina e manchete nos principais jornais do país, Clarín e La Nación.

Julgamento

O Tribunal de Apelações, da Sala I da Câmara Federal, também ratificou a acusação e a prisão preventiva do ex-ministro do Planejamento Julio De Vido; do ex-secretário de Obras Públicas José López e do ex-funcionário Roberto Baratta.

Com essa decisão, o juiz Federal Claudio Bonadio terá condições de ratificar o pedido no Congresso Nacional de punição contra Cristina Kirchner.

Em setembro, a ex-presidente da Argentina afirmou, em um documento apresentado diante do juiz, que "nunca irão encontrar" algo que a envolva em crimes de corrupção, pois "jamais" se apoderou de dinheiro ilícito.

"Podem continuar monitorando meus movimentos e os de minha família, escutar de maneira clandestina minhas conversas telefônicas e escavar toda a Patagônia argentina ou onde quiserem. Nunca vão encontrar nada que me envolva, pois jamais me apoderei de dinheiro ilícito", diz o texto.

Cristina Kirchner responde a seis processos - a maioria por corrupção - e prestou depoimento em 18 de setembro em Buenos Aires por supostos crimes de lavagem de dinheiro no caso conhecido como Rota do Dinheiro K (de Kirchner). O depoimento ocorreu depois que o juiz encarregado da causa foi obrigado por uma Câmara superior a intimá-la, apesar de ter resistido a tal medida durante dois anos.

 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaCorrupçãoCristina Kirchner

Mais de Mundo

Ex-presidente Cristina Kirchner deve ser presa por corrupção, decide Suprema Corte

Atirador em escola da Áustria morre após ataque, diz polícia

Trump diz que, se necessário, invocará Lei da Insurreição para conter protestos

700 fuzileiros navais chegam a Los Angeles após protestos contra políticas migratórias de Trump