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Justiça dos EUA indicia três pessoas por atos de 'terrorismo' contra Tesla

Acusados 'vão enfrentar todo o peso da lei por incendiar carros'

Elon Musk: diversos carros da Tesla têm sido depredados ou incendiados como protestos contra o envolvimento do empresário na política dos EUA (Christophe Gateau/Getty Images)

Elon Musk: diversos carros da Tesla têm sido depredados ou incendiados como protestos contra o envolvimento do empresário na política dos EUA (Christophe Gateau/Getty Images)

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Agência de notícias

Publicado em 20 de março de 2025 às 20h24.

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A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, anunciou nesta quinta-feira acusações contra três pessoas por participação no que descreveu como "uma onda de terrorismo interno contra a Tesla", a marca de automóveis do magnata Elon Musk, aliado próximo do presidente Donald Trump.

Os acusados "vão enfrentar todo o peso da lei por incendiar carros Tesla e estações de recarga utilizando coquetéis molotov", afirmou o Departamento de Justiça em comunicado.

"Isto é uma advertência: se alguém participar desta onda de terrorismo interno contra os ativos da Tesla, o Departamento de Justiça o colocará atrás das grades", acrescentou Bondi.

Os três acusados, que não foram identificados, enfrentam penas de entre cinco e 20 anos de prisão, indicou o Departamento, sem especificar as acusações contra eles. Nas últimas semanas, vários veículos, concessionárias e estações de recarga da Tesla foram vandalizadas nos Estados Unidos.

Um dos acusados foi detido após lançar coquetéis molotov contra uma concessionária de Tesla em Salem, Oregon (oeste), e outro em Loveland, Colorado (oeste), depois de tentar atear fogo a automóveis Tesla utilizando o mesmo método, segundo o Departamento de Justiça.

Um terceiro escreveu mensagens ofensivas ao presidente Trump nas estações de recarga da Tesla em Charleston, na Carolina do Sul (sudeste), antes de atear fogo nelas com coquetéis molotov, acrescentou.

Na semana passada, Trump veio em auxílio de Musk e transformou a Casa Branca em uma concessionária temporária da Tesla, no momento em que a marca atravessa dificuldades no mercado financeiro e enfrenta pedidos de boicote.

A marca era "adorada pelos americanos, especialmente os democratas, até que Elon Musk decidiu votar em Donald Trump", disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira.

"Estamos presenciando uma violência desprezível e inaceitável em todo o nosso país contra trabalhadores, funcionários e americanos inocentes que dirigem esses veículos", comentou

Musk, a pessoa mais rica do mundo, investiu más de US$ 270 milhões (R$ 1,5 bilhão, na cotação atual) em doações à campanha presidencial de Trump no ano passado.

Ao retornar ao poder, Trump designou Musk como responsável pelo chamado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), encarregado de reduzir drasticamente os gastos públicos.

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