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Justiça francesa investiga financiamento da campanha eleitoral de Macron

O presidente francês é acusado de desvio de fundos públicos, apropriação indevida, financiamento irregular de uma campanha eleitoral e receptação

O Palácio do Eliseu afirmou que as despesas do presidente foram validadas pela Comissão Nacional de Contas de Campanha e que o prazo para examiná-las expirou e que legalmente já não tem competência para abrir uma investigação (Regis Duvignau/Reuters)

O Palácio do Eliseu afirmou que as despesas do presidente foram validadas pela Comissão Nacional de Contas de Campanha e que o prazo para examiná-las expirou e que legalmente já não tem competência para abrir uma investigação (Regis Duvignau/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de junho de 2018 às 14h06.

Paris - A Promotoria de Lyon abriu uma investigação sobre o financiamento da campanha de Emmanuel Macron durante a última eleição presidencial na França, da qual saiu vencedor.

A investigação, cuja abertura foi formalizada na sexta-feira e foi revelada nesta segunda-feira pela emissora "France Info", se refere às suspeitas de que Macron se beneficiou de uma série de vantagens dadas então pelo prefeito de Lyon e atual ministro de Interior, Gérard Collomb.

As acusações feitas pela Promotoria são de desvio de fundos públicos, apropriação indevida, financiamento irregular de uma campanha eleitoral e receptação.

Os Republicanos, principal partido da oposição, apresentou uma denúncia no último dia 19.

Alguns dias antes, a revista "France Info" havia publicado diferentes documentos que, segundo este meio, mostravam que Macron obteve várias descontos nas contas de empresas das quais contratou serviços em sua corrida até o Elísio.

As tarifas que o atual chefe do Estado teve que pagar, por exemplo pelo aluguel de espaços para realizar comícios e outros atos públicos, eram muito inferiores às que essas companhias cobravam de forma habitual.

Isto estava em linha com revelações feitas sobre fatos similares revelados anteriormente pelas publicações "Le Monde" e "Médiapart".

O Palácio do Eliseu tinha dito até agora que as despesas do agora presidente foram validadas pela Comissão Nacional de Contas de Campanha, cujo prazo legal para examiná-las expirou e legalmente já não tem competência para abrir uma investigação.

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