Mundo

Líbia importa gasolina de refinaria da Itália

Três fontes do setor marítimo com envolvimento direto na transação disseram que a carga foi transferida de embarcação na Tunísia, e de lá seguiu para a Líbia

Na sua declaração de terça-feira, a Saras negou ter vendido ou entregado gasolina à CGTMN (Gianluigi Guercia/AFP)

Na sua declaração de terça-feira, a Saras negou ter vendido ou entregado gasolina à CGTMN (Gianluigi Guercia/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2011 às 18h12.

Londres - A Líbia importou no início de abril gasolina da refinaria italiana Saras, aproveitando uma brecha nas sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) que permite aquisições feitas por companhias que não estejam em uma lista de entidades afetadas.

Três fontes do setor marítimo com envolvimento direto na transação disseram que a carga foi transferida de embarcação na Tunísia, e de lá seguiu para a Líbia.

A Saras inicialmente não quis comentar a notícia, mas na terça-feira divulgou uma nota dizendo que sempre respeitou todas as restrições em vigor contra a Líbia.

O navio-tanque Valle di Navarra, de bandeira italiana, chegou em 3 de abril ao porto tunisiano de La Skhira, e então transferiu a gasolina para a embarcação líbia Anwaar Libya, levando-a para o oeste líbio, região controlada pelo regime de Muammar Gaddafi, segundo as fontes do setor marítimo.

Essa transação não viola o regime de sanções da ONU contra Gaddafi, porque a Companhia Geral de Transporte Marítimo Nacional (CGTMN) da Líbia, dona do Anwaar Libya, não está entre as empresas apontadas pela ONU como alvo de sanções.

Na sua declaração de terça-feira, a Saras negou ter vendido ou entregado gasolina à CGTMN.

Acompanhe tudo sobre:PetróleoPaíses ricosEuropaGuerrasItáliaPiigsÁfricaEnergiaDitaduraLíbia

Mais de Mundo

Trump proíbe diplomatas iranianos de comprar artigos de luxo e em lojas de atacado

Trump pede que se limite uso de paracetamol na gravidez por possível risco de autismo

Em primeiro discurso na ONU, Lula propõe criação de mecanismo anti-apartheid contra Israel

Falaria com Trump no corredor da ONU se eu fosse presidente, diz Temer ao defender diálogo