Mundo

Líder rebelde negociará com governo sul-sudanês

Ex-vice-presidente do Sudão do Sul afirmou que "está pronto para respeitar imediatamente" o cessar-fogo imposto há quatro dias pelos países da África Oriental

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2013 às 09h43.

Cartum - O ex-vice-presidente do Sudão do Sul Riak Mashar afirmou nesta terça-feira que "está pronto para respeitar imediatamente" o cessar-fogo imposto há quatro dias pelos países da África Oriental e "pôr fim ao derramamento de sangue", e se mostrou disposto a negociar com o governo de seu país.

"Fazemos um apelo à Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (Igad) e à União Africana (UA) para que tente conter o governo de Uganda em seus esforços para alimentar o conflito mediante o envio de tropas e aviões de guerra para apoiar (o presidente) Salva Kiir", disse Mashar em comunicado.

Além disso, ele exigiu a Kiir que liberte "incondicionalmente" 11 presos políticos na capital Juba, pelos quais diz estar "preocupado com sua segurança e estado de saúde".

O líder rebelde agradeceu à Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (Igad) e à União Africana (UA) por seus esforços de mediação no conflito.

O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, deu ontem um ultimato de 24 horas ao ex-vice-presidente do Sudão do Sul Riak Mashar para que respeite o cessar-fogo.

Por outro lado, novos confrontos ocorreram hoje entre o exército sul-sudanês e os rebeldes leais a Mashar na cidade de Bor, capital do estado de Jonglei, informou à Agência Efe um porta-voz militar, Philip Aguer.

Bor foi tomada pelos rebeldes partidários de Mashar no começo do conflito, mas o exército a recuperou na terça-feira passada, por isso estes novos enfrentamentos representam outra tentativa dos rebeldes de avançar rumo a um controle total da região.

O jovem país enfrenta o maior desafio desde seu nascimento, em julho de 2011, quando obteve independência do Sudão.

Atualizado às 10h43.

Acompanhe tudo sobre:GovernoNegociaçõesViolência política

Mais de Mundo

G7 quer isentar multinacionais dos EUA de imposto mínimo global

Donald Trump recebe indicações formais para prêmio Nobel da Paz de 2025

Inundações repentinas deixam pelo menos 32 mortos no Paquistão

França proíbe fumar em praias e parques