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López Obrador tomará posse como presidente do México

Em uma entrevista publicada na sexta-feira por um jornal local, ele advertiu que não vai governar "apenas para os mercados"

López Obrador: "Em matéria econômica, o que está chegando é uma nova política" (Henry Romero/Reuters)

López Obrador: "Em matéria econômica, o que está chegando é uma nova política" (Henry Romero/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de dezembro de 2018 às 11h11.

Cidade do México - O esquerdista Andrés Manuel López Obrador será empossado neste sábado como novo presidente do México com a promessa de realizar uma "transformação", tendo como desafio cumprir sua extensa agenda social sem prejudicar as finanças da segunda maior economia da América Latina.

O político de 65 anos, conhecidos como AMLO, terá de procurar esse equilíbrio delicado em um país mergulhado em uma sangrenta guerra contra o narcotráfico e o crime organizado, com índices de corrupção sem precedentes e com quatro em cada 10 habitantes vivendo na pobreza.

"Há muito entusiasmo ... Vêm presidentes, primeiros-ministros de todas as escolas de pensamento -- esquerda, centro, direita -- e são bem-vindos porque procuramos manter uma relação amigável com todo mundo", disse López Obrador em um vídeo compartilhado durante a semana em suas redes sociais.

A longa lista de convidados na posse inclui desde uma delegação norte-americana chefiada pelo vice-presidente Michael Pence e por Ivanka Trump a líderes polêmicos como os presidentes da Venezuela, Nicolas Maduro, e da Nicarágua, Daniel Ortega.

Após a cerimônia de posse do primeiro presidente de esquerda em décadas no México, haverá um almoço com os convidados e, em seguida, AMLO fará um discurso após receber o "bastão" dos povos indígenas na Plaza del Zocalo.

"Eu vou explicar como vamos financiar o desenvolvimento sem aumentar os impostos, sem criar impostos, sem gasolinaço, respeitando o equilíbrio macroeconômico", previu na semana passada sobre quais seriam suas primeiras palavras como presidente.

Em uma entrevista publicada na sexta-feira por um jornal local, ele advertiu que não vai governar "apenas para os mercados".

"Em matéria econômica, o que está chegando é uma nova política", disse.

Ele é descrito por seus críticos como um líder populista, com grande apoio dos cidadãos e maioria no Legislativo, que poderia por em perigo as finanças públicas do país.

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