Lula: governo atual enfrenta muitos desafios em diversos setores (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)
Agência de Notícias
Publicado em 9 de junho de 2025 às 17h19.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou nesta segunda-feira sua visita de Estado de cinco dias à França com uma cerimônia na sede da Interpol, na cidade de Lyon, onde assinou uma declaração de intenções para fortalecer a cooperação entre o Brasil e a organização policial internacional.
A criminalidade está evoluindo a uma velocidade sem precedentes, exigindo ações multilaterais urgentes e coordenadas”, disse Lula na sede da Interpol, cujo secretário-geral é o brasileiro Valdecy Urquiza.
Lula explicou que a declaração de intenções com a organização ajudará o Brasil a enfrentar melhor o crime organizado e a desmantelar as organizações criminosas transnacionais e suas redes de apoio.
Da mesma forma, essa declaração vai apoiar a “modernização tecnológica e institucional dos órgãos de segurança pública no Brasil e na América Latina”.
Lula enfatizou que o reforço das forças policiais também é essencial para que ele possa cumprir sua promessa de “desmatamento zero até 2030” na Amazônia brasileira.
Urquiza pediu aos países que sigam o “exemplo do Brasil no fortalecimento do trabalho da Interpol”.
“Somente trabalhando juntos, por meio de uma resposta verdadeiramente global e coordenada, poderemos desmantelar as redes criminosas e tornar o mundo mais seguro”, acrescentou, de acordo com um comunicado da Interpol.
Durante cinco dias, Lula fez uma visita de Estado à França - a primeira de um presidente brasileiro ao país europeu em 13 anos - com uma agenda movimentada que o levou a Paris, Nice - onde está sendo realizada a Cúpula dos Oceanos das Nações Unidas - e Lyon, com uma parada intermediária no Principado de Mônaco, onde participou de um fórum sobre a economia do mar.
Lula mais uma vez demonstrou sintonia pessoal com o presidente da França, Emmanuel Macron, embora isso não tenha servido para superar as divergências em questões como o acordo comercial UE-Mercosul (ao qual Paris se opõe), a invasão da Rússia na Ucrânia e a crise na Faixa de Gaza.
Durante a visita, o governo do Brasil anunciou o compromisso de grandes empresas francesas de investir um total de R$ 100 bilhões no país em cinco anos a partir de 2026, embora sem dar detalhes sobre empresas ou setores.