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Lula fala com premier da Índia e se solidariza com vítimas de atentado terrorista na Caxemira

Em conversa que durou 30 minutos, o presidente também reiterou expectativa que Narendra Modi participe da Cúpula do BRICS e faça visita bilateral ao Brasil

Lula: o presidente da República renovou o convite para que o primeiro-ministro da Índia faça uma visita bilateral ao Brasil no dia 8 de julho, em Brasília. (Ricardo Stuckert / PR/Flickr)

Lula: o presidente da República renovou o convite para que o primeiro-ministro da Índia faça uma visita bilateral ao Brasil no dia 8 de julho, em Brasília. (Ricardo Stuckert / PR/Flickr)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 8 de maio de 2025 às 13h23.

Última atualização em 8 de maio de 2025 às 13h36.

Durante viagem oficial à Rússia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou nesta quinta-feira, 8, para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Em conversa que durou 30 minutos, segundo nota do Palácio do Planato, Lula manifestou a solidariedade do Brasil às vítimas do atentado terrorista ocorrido na região da Caxemira, no dia 22 de abril.

O presidente Lula também reiterou a expectativa de que o primeiro-ministro possa participar da Cúpula do BRICS, que será realizada no Rio de Janeiro em 6 e 7 de julho.

Também renovou o convite para que Modi faça uma visita bilateral ao Brasil no dia 8 de julho, em Brasília.

Segundo o Planalto, o primeiro-ministro indicou que fará o possível para vir ao Brasil e que a Índia apoia a agenda definida pela presidência brasileira do BRICS, em particular no que tange à defesa do multilateralismo e da paz.

"Ambos os líderes concordaram ainda sobre a centralidade dos países do Sul Global na defesa da democracia e do comércio internacional baseado em regras mutuamente acordadas. Modi estendeu convite a Lula para que o presidente visite a Índia", informou o Planalto.

Lula na Rússia e na China

Como mostrou a EXAME, Lua embarcou na noite da última terça-feira, 6, para viagem oficial à Rússia e à China, com a missão de reduzir déficit comercial com o país comandado por Vladimir Putin e atrair investimentos da nação presidida por Xi Jinping. Para isso, estão previstas assinaturas de acordos para serem instaladas no Brasil fábricas de fertilizantes de empresas russas e chinesas, além de negócios nas áreas de mineração, combustíveis energia, afirmaram à EXAME técnicos do governo brasileiro.

O telefonema de Lula para o primeiro-ministro da Índia ocorreu em meio a escalada do conflito dos indianos com Paquistão. Os conflitos entre as duas potências nucleares têm gerado preocupação para a comunidade internacional, com possibilidade de culminar em uma guerra. Mas, os choques entre os países começaram em 1947 e continuam até hoje, com a região da Caxemira como centro da disputa. O conflito tem raízes que remontam à criação de dois países separados, com base em diferenças religiosas.

A origem da rivalidade remonta à independência do Império Britânico, em 15 de agosto de 1947, quando o território da Índia foi dividido para criar dois Estados: a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana.

Esta partição resultou em uma migração forçada de milhões de pessoas e desencadeou uma série de massacres, com um saldo de cerca de 1 milhão de mortos.

O território da Caxemira, de maioria muçulmana, foi anexado à Índia, o que gerou um conflito imediato entre os dois países e levou à primeira guerra indo-paquistanesa, em 1947-48.

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