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Macron pede a Putin que 'pare de mentir' sobre seu desejo de paz

Presidente francês ressaltou a proposta de cessar-fogo, feita pelos Estados Unidos, aceita pela Ucrânia e apoiada pela França e outros aliados europeus de Kiev

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 24 de abril de 2025 às 14h49.

Última atualização em 24 de abril de 2025 às 16h32.

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O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu nesta quinta-feira, 24, ao seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, que "pare de mentir" sobre seu suposto desejo de paz e aceite um cessar-fogo imediato que permita o início de uma negociação autêntica com a Ucrânia.

Em declarações à imprensa francesa em Madagascar, onde participa de uma cúpula de países do Oceano Índico, Macron disse que "a única coisa necessária" é que "o presidente Putin pare de mentir".

Além disso, destacou que, quando Putin falou com o enviado especial dos Estados Unidos, "disse que queria paz" e que "quando fala com o mundo, diz que quer paz", mas na prática, "continuou a bombardear a Ucrânia".

O líder francês lembrou que os Estados Unidos propuseram um cessar-fogo, que foi aceito pela Ucrânia e apoiado pela França e outros aliados europeus de Kiev.

"Agora precisamos que a Rússia dê sua resposta. Se a Rússia disser que não está pronta para um cessar-fogo, terá mentido para o presidente americano", completou.

Por isso, opinou que "a raiva americana deve ser direcionada a apenas uma pessoa: o presidente Putin".

Macron também pediu a Moscou que não impusesse condições para um "cessar-fogo incondicional".

"Todas as outras questões devem ser abordadas em uma negociação de paz que deve acontecer em seguida, levando em conta posições militares, questões territoriais e questões de segurança", enfatizou.

Macron também aproveitou a ocasião para lamentar o ataque com drones e mísseis lançado hoje pela Rússia contra Kiev, que causou uma dúzia de mortes, de acordo com os relatórios mais recentes.

"Enquanto a Rússia bombardeia Kiev, você não pode pedir [à Ucrânia] que aceite isso ou aquilo. Imagine-se no lugar do presidente [ucraniano] Volodymyr Zelensky. Você acha que ele pode fazer algum gesto de abertura?", perguntou.

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