Agência de Notícias
Publicado em 17 de março de 2025 às 19h19.
O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu nesta segunda-feira, 17, à Rússia para que aceite um cessar-fogo na Ucrânia e que os aliados desse país apresentem um plano de paz com garantias para Ucrânia e Europa.
Em uma mensagem na rede social X (ex-Twitter) após falar por telefone novamente nesta segunda-feira com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e no domingo com o presidente dos EUA, Donald Trump, Macron reiterou que cabe a Moscou tomar novas medidas para a paz.
“Zelensky teve a coragem de aceitar a proposta dos EUA de um cessar-fogo de 30 dias. Agora cabe à Rússia mostrar que realmente quer a paz”, disse.
Macron reconheceu que “há muitas condições que a Rússia deve cumprir”, como a de que as crianças ucranianas deportadas para solo russo “possam se reunir com suas famílias”.
“E estou ciente do compromisso do presidente Trump a esse respeito”, afirmou.
O mandatário francês também se referiu às discussões que vários países, principalmente europeus, mas também os de fora da Europa, como o Canadá, estão realizando para colocar em prática um plano para garantir que a paz seja respeitada a longo prazo.
“Devemos avançar com todos os nossos parceiros para apresentar um plano de paz concreto” com ‘sólidas garantias de segurança’ para uma ‘paz duradoura’ na Ucrânia e na Europa. Um plano de paz que impeça a Rússia de atacar novamente”, finalizou.
Macron comentou no último sábado que previa que uma hipotética força multinacional implantada na Ucrânia para garantir a paz consistiria em “alguns milhares de homens por país participante” e seria implantada em “pontos-chave” no território ucraniano.
Ele também deixou clara sua posição de que tal força não precisaria da aprovação da Rússia para ser enviada, apesar da rejeição a priori do país.
“A Ucrânia é soberana. Se ela solicitar a presença de forças aliadas em seu território, não cabe à Rússia aceitá-la ou não”, disse o presidente francês na ocasião.
A Rússia insiste por enquanto no desarmamento e na desmilitarização da Ucrânia, enquanto Macron lembrou que, para garantir a paz a longo prazo, esse país já conta com “o maior exército europeu”, com cerca de um milhão de pessoas mobilizadas.