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Maduro diz que ofensiva militar dos EUA seria 'fim político' de Trump

Presidente da Venezuela criticou ameaça de intervenção e diz que negociação deve ocorrer “cara a cara”

Trump e Maduro: presidente venezuelao reagiu às falas do republicano e disse que eventual intervenção militar colocaria em risco a relação entre os países. (Montagem/Exame)

Trump e Maduro: presidente venezuelao reagiu às falas do republicano e disse que eventual intervenção militar colocaria em risco a relação entre os países. (Montagem/Exame)

Publicado em 18 de novembro de 2025 às 07h02.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira, 17, que uma intervenção militar dos Estados Unidos representaria “o fim político” do presidente Donald Trump. A declaração ocorreu após Trump reiterar que não descarta nenhuma opção em relação ao país sul-americano.

Maduro disse que setores de poder em Washington estariam estimulando o presidente americano a adotar uma ação militar, vinculando o tema da Venezuela e as recentes menções ao caso Jeffrey Epstein. Segundo ele, esse movimento buscaria provocar um erro estratégico de Trump.

Maduro diz estar aberto a diálogo direto com Trump

O líder venezuelano também afirmou estar disposto a conversar “cara a cara” com o presidente dos EUA. Após ser questionado sobre a possibilidade de retomada de discussões entre os dois países, Maduro afirmoou que qualquer diálogo deve ocorrer de forma direta e sem intermediários.

Em seu programa semanal na emissora estatal VTV, Maduro disse que quem buscar negociação encontrará um governo “de palavra” e com “experiência para dirigir a Venezuela”. Ele afirmou ainda que “não se pode permitir” que a população venezuelana seja alvo de bombardeios ou ações militares.

O presidente venezuelano defendeu que as relações entre países devem ser conduzidas pela via diplomática e afirmou que o diálogo é o caminho para resolver questões de interesse mútuo. Maduro criticou o uso da força ou a ameaça militar como instrumento de pressão.

Mais cedo, Trump disse estar aberto a conversar com Maduro, embora tenha afirmado que o líder venezuelano “não tem sido bom com os Estados Unidos”. O presidente americano voltou a acusar o governo da Venezuela de enviar integrantes da quadrilha Trem de Aragua para território americano.

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