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Maduro diz que "paramilitares" tentaram tomar quartel em protesto

Segundo testemunhas, manifestantes que exigem a saída de Maduro incendiaram um veículo na entrada do quartel e atiraram pedras nos militares

Venezuela: os protestos contra Maduro já deixaram 43 mortos e centenas de feridos e detidos (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

Venezuela: os protestos contra Maduro já deixaram 43 mortos e centenas de feridos e detidos (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

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AFP

Publicado em 18 de maio de 2017 às 09h50.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou na noite desta quarta-feira que "paramilitares" ligados à oposição tentaram tomar uma unidade militar na localidade de La Grita, no estado de Táchira.

"A unidade de morteiros em La Grita foi submetida, durante seis horas, ao assédio de paramilitares; que jogaram um veículo contra o portão e o incendiaram. Tentaram assaltar o quartel, mas os soldados adotaram as medidas pertinentes...", disse Maduro por telefone ao programa do deputado Diosdado Cabello na TV estatal.

Testemunhas revelaram à AFP que manifestantes que exigem a saída de Maduro incendiaram um veículo na entrada do quartel e atiraram pedras nos militares, que responderam com tiros para o alto.

Os protestos contra Maduro, deflagrados em 1º de abril passado, já deixaram 43 mortos e centenas de feridos e detidos.

Na noite desta quarta-feira, dezenas de militares começaram a chegar a Táchira, após uma ordem do governo para militarizar este estado, onde desde a madrugada de terça-feira ocorrem saques ao comércio e ataques a delegacias.

Maduro informou ainda que na localidade de Carrizal, subúrbio de Caracas, o governo ativou uma "operação especial" para retirar três recém-nascidos de uma maternidade "sitiada por bandos armados" opositores.

"Havia crianças recém-nascidas que há 36 horas não recebiam tratamento por culpa dos terroristas da MUD (coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática). Estamos evacuando três bebês e uma parturiente em situação delicada, passando por barricadas, resistiendo a ataques de franco-atiradores", revelou Maduro.

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