Mundo

Mãe de Assange pede à Austrália que impeça extradição de seu filho aos EUA

Christine Assange quer que Camberra interfira para que o ativista australiano não seja extraditado aos EUA

Julian Assange acredita que o processo judicial na Suécia é promovido pelos EUA, o país mais prejudicado pelos milhares de documentos confidenciais divulgados pelo WikiLeaks (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Julian Assange acredita que o processo judicial na Suécia é promovido pelos EUA, o país mais prejudicado pelos milhares de documentos confidenciais divulgados pelo WikiLeaks (Peter Macdiarmid/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2011 às 05h22.

Sydney - A mãe do fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, pediu que o governo australiano intervenha para prevenir a eventual extradição de seu filho aos Estados Unidos, informou a imprensa local nesta quinta-feira.

O Superior Tribunal de Londres autorizou nesta quarta a entrega de Assange à Suécia para ser processado por delitos de agressão sexual e estupro, embora o ativista ainda tenha 14 dias para apelar da decisão.

Christine Assange, cujo filho se encontra sob prisão domiciliar no Reino Unido desde dezembro, quer que Camberra interfira para que o ativista australiano não seja extraditado aos EUA, segundo a agência local 'AAP'.

A mãe do fundador do WikiLeaks enfatizou que o governo australiano deveria prestar atenção às opiniões legais e diplomáticas entregues em março a um grupo de legisladores assinalando que seu filho enfrenta um 'perigo claro e iminente'.

'O que quero é que o governo australiano aja com base nas recomendações que lhe deram seus próprios advogados e diplomatas e que exija que Suécia e Reino Unido deem, por escrito, garantias humanitárias assegurando que Julian não será extraditado aos Estados Unidos'.

'Se isto acontecesse, eu acho que Julian iria para a Suécia sem resistir', já que sua preocupação 'é que seja entregue' aos EUA, indicou.

Julian Assange acredita que o processo judicial na Suécia é promovido pelos EUA, o país mais prejudicado pelos milhares de documentos confidenciais e comprometedores publicados em diversos veículos do mundo através do WikiLeaks.

A Promotoria sueca acusa Assange de três delitos de agressão sexual e um de estupro após a denúncia de duas mulheres, que asseguraram que os casos ocorreram em agosto de 2010, enquanto o 'ex-hacker' rejeita essas afirmações e diz que este processo tem motivação política.

Acompanhe tudo sobre:PersonalidadesPaíses ricosEstados Unidos (EUA)EuropaReino UnidoJustiçaJulian AssangeWikiLeaks

Mais de Mundo

Democratas fazem proposta para encerrar shutdown, mas republicanos rejeitam

Trump reforça desejo de se reunir com Putin na Hungria

'Acordo de Paris não seria possível hoje', diz 'pai' do tratado