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Mais de 400 rebeldes estão desaparecidos no leste da Líbia

Especula-se que muitas pessoas estejam mortas ou presas pelo ditador Kadafi

Entre os desaparecidos, ativistas de direitos humanos afirmam que o número ainda inclui quatro médicos líbios e três jornalistas (John Moore/Getty Images)

Entre os desaparecidos, ativistas de direitos humanos afirmam que o número ainda inclui quatro médicos líbios e três jornalistas (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2011 às 11h42.

Benghazi - Mais de 400 pessoas estão desaparecidas no leste da Líbia desde que se iniciou o levante contra Muammar Kadafi há seis semanas, e teme-se que muitas delas estejam mortas ou capturadas por forças do governo, disseram autoridades de direitos humanos.

Parentes colaram cartazes nas paredes dos saguões de hospitais com fotos de jovens desaparecidos e números de telefone para receber informações.

Ahmed Mahdy Hussein, que está desaparecido desde 20 de fevereiro, é um dos nomes listados no hospital Al Jala, em Benghazi. Saleh Ukel Hussein, nascido em 1976, é outro, desaparecido na mesma data.

Mais de 120 cartazes adornam os muros e o portão de entrada do hospital. Pelo menos quatro exibem homens em uniforme militar.

Ativistas de direitos humanos afirmam que o número ainda inclui quatro médicos líbios e três jornalistas. Mas a maioria é de desempregados que uniram-se ao exército de voluntários rebeldes como combatentes ou apoiadores.

Outros teriam sido levados pelas força de segurança de Kadafi, segundo relatos.

No escritório do Crescente Vermelho da Líbia em Benghazi, o coordenador de vestígios Omar Budabous e sua equipe de cerca de 10 voluntários vêm compilando listas, entrevistando parentes e visitando hospitais na cidade e em Ajdabiyah, localizada no sul e que mudou de mãos algumas vezes durante o conflito.

"As pessoas vêm aqui todos os dias para fazer um relato", disse ele à Reuters.

Ele listou 353 desaparecidos de Benghazi e cercanias, 17 de Ajdabiyah, 21 de Al-Bayda, pequena cidade no nordeste, e 22 do vilarejo de Tikra.

"A maioria são civis. Alguns foram para a frente de batalha com os rebeldes e não houve mais notícias. Alguns foram capturados", afirmou.

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