Mundo

Mali vê com receio ajuda dos tuaregues do norte do país

"A oferta de ajuda foi recebida com muita cautela, porque neste momento não sabemos o que pode ser fornecido como ajuda", DISSE Tieman Hubert Coulibaly


	Militares golpistas em Mali: após a oferta de ajuda, outro porta-voz do MNLA, que também se rebelou há meses, negou a possibilidade de um auxílio.
 (©AFP)

Militares golpistas em Mali: após a oferta de ajuda, outro porta-voz do MNLA, que também se rebelou há meses, negou a possibilidade de um auxílio. (©AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 20h19.

Paris - O ministro das Relações Exteriores de Mali, Tieman Hubert Coulibaly, disse nesta terça-feira que o governo do país recebeu com cautela a oferta de apoio à intervenção militar proposta pelos independentistas tuaregues da região.

"A oferta de ajuda foi recebida com muita cautela, porque neste momento não sabemos o que pode ser fornecido como ajuda", disse o ministro em um comparecimento perante os deputados franceses.

Coulibaly lembrou que os tuaregues do Movimento Nacional de Libertação de Azaward (MNLA) já se aliaram há alguns meses com a Organização da Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), que apoia os jihadistas revoltosos.

Além disso, assinalou que após a oferta de ajuda, outro porta-voz do MNLA, que também se rebelou há meses, negou a possibilidade de um auxílio.

Neste contexto, o chefe da diplomacia malinesa também colocou em dúvida a quantidade e a qualidade da contribuição militar que pode ser fornecida pelo MNLA.

"Acho que o MNLA não existe do ponto de vista militar. Os últimos combatentes entregaram as armas, os veículos, e pediram refúgio na Mauritânia, que os recebeu", disse o ministro.

Sobre as forças restantes, Coulibaly afirmou que foram absorvidas pelos outros grupos rebeldes, os tuaregues islamitas do Ansar el Din, o Movimento Monoteísta e pela Jihad na África Ocidental e a o próprio AQMI.

O ministro disse que estes três grupos não têm intenção de assinar a paz e assegurou que seu financiamento procede do tráfico de drogas e dos resgates cobrados por seus reféns. 

Acompanhe tudo sobre:GuerrasÁfricaMali

Mais de Mundo

Decisão da venda de chips da Nvidia à China está na mesa de Trump, diz secretário

Vulcão na Etiópia entra em erupção pela 1ª vez após quase 12 mil anos

Trump diz que visitará China em abril após 'ótima conversa' com Xi

EUA designa Cartel de los Soles, da Venezuela, como organização terrorista