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Maliki pede ao Exército se manter à margem da crise política

Nuri al-Maliki, que está saindo do cargo de primeiro-ministro do Iraque, pediu para os militares se manterem à margem da crise política no país


	Nuri al-Maliki: "alguns podem querer se aproveitar da situação atual"
 (Mandel Ngan/AFP)

Nuri al-Maliki: "alguns podem querer se aproveitar da situação atual" (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2014 às 13h29.

Bagdá - O primeiro-ministro demissionário do Iraque, Nuri al-Maliki, pediu nesta terça-feira ao Exército e à polícia se manterem à margem da crise política no país, já que, segundo ele, ambas as instituições devem se concentrar em suas funções de manter a segurança e proteger o país.

"Insto aos comandantes, oficiais e demais empregados dos serviços de segurança a se manterem afastados da crise política, para evitar que os jihadistas do Estado Islâmico (EI) aproveitem a situação", advertiu Maliki durante um encontro com líderes militares, retransmitido pela televisão iraquiana.

De acordo com o primeiro-ministro demissionário, "alguns podem querer se aproveitar da situação atual se movimentando comodamente dentro das regiões para saquear as instituições estatais". Por conta dessa fragilidade, Maliki fez uma chamada para que as posições militares sejam reforçadas.

Ontem, o novo presidente iraquiano, Fouad Massoum, encarregou o xiita Haidar al Abadi de formar um novo governo para substituir o de Maliki.

O levantamento insurgente no norte deixou boa parte do país fora de controle e gerou uma ampla crise política no país, a qual impossibilitou a definição das novas autoridades iraquianas que deveriam ser escolhidas após o pleito parlamentar realizado em abril passado.

Os jihadistas do EI tomaram a cidade de Mossul, a segunda maior do país, no último dia 10 de junho e, desde então, continuam seus avanços para ampliar o "califado" proclamado nos territórios sob seu controle, entre o Iraque e a Síria.

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