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May promete combater "abuso de poder" na vida pública britânica

Diante de revelações contra deputados, a premiê se comprometeu a trabalhar na introdução de uma nova legislação parlamentar contra o assédio sexual

Theresa May: premiê disse que é necessário atuar para assegurar que todo o mundo "pode trabalhar em um entorno seguro" (Mary Turner/Reuters)

Theresa May: premiê disse que é necessário atuar para assegurar que todo o mundo "pode trabalhar em um entorno seguro" (Mary Turner/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de novembro de 2017 às 10h18.

Londres - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, se comprometeu nesta segunda-feira a combater "o abuso de poder" na vida pública, com a introdução de uma nova legislação parlamentar contra o assédio sexual.

May anunciou que pactuará com os líderes dos principais partidos, com quem se reúne hoje, um novo "procedimento de agravos independentes" para o parlamento, após a sucessão nos últimos dias de denúncias contra vários políticos por suposto assédio ou conduta inadequada.

A primeira-ministra se referiu ao assunto ao término de seu discurso no congresso anual em Londres da patronal de empresários CBI, quando expôs sua visão para a economia nacional nos próximos dez anos.

Em resposta às perguntas dos jornalistas sobre as revelações contra deputados, May ressaltou que é necessário "atuar agora" para devolver "uma cultura de respeito" à vida pública e assegurar que todo o mundo "pode trabalhar em um entorno seguro".

A premiê britânica acrescentou que está "determinada a agir da forma correta" na sua luta contra o assédio sexual e advertiu que isto não é só um problema no parlamento, mas se estende a outros setores.

O novo procedimento de agravos parlamentares não será "uma intrusão na vida privada", mas oferecerá métodos seguros e confidenciais para que as vítimas apresentem suas denúncias e estas sejam investigadas.

May esclareceu que as pessoas poderão continuar tendo "relações por consenso mútuo" e "formando relações de amizade" no trabalho, porque o problema, segundo apontou, não são as relações, mas "o abuso de poder".

A primeira-ministra debaterá hoje com outros líderes parlamentares uma estratégia comum para combater os abusos de poder e o assédio nas casas do parlamento, após a renúncia ou demissão de vários políticos acusados nos últimos dias, entre eles o ex-ministro de Defesa, Michael Fallon, que renunciou por "conduta inadequada" no passado.

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