Mundo

Merkel condena xenofobia da extrema-direita alemã e slogans nazistas

Protestos de radicais de extrema-direita ressuscitaram um debate intenso sobre a decisão tomada por Merkel em 2015 de acolher mais de 1 milhão de refugiados

Angela Merkel repudiou ataques xenófobos e o uso de slogans nazistas ao fazer um discurso enfático no Parlamento (Hannibal Hanschke/Reuters)

Angela Merkel repudiou ataques xenófobos e o uso de slogans nazistas ao fazer um discurso enfático no Parlamento (Hannibal Hanschke/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 12 de setembro de 2018 às 09h10.

Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, repudiou ataques xenófobos e o uso de slogans nazistas ao fazer um discurso enfático no Parlamento nesta quarta-feira, depois que as manifestações mais violentas da extrema-direita em décadas expuseram as divisões profundas do país.

Protestos de radicais de extrema-direita em Chemnitz, cidade do leste alemão, ocorridos duas semanas atrás depois que um alemão foi morto a facadas supostamente por dois imigrantes ressuscitaram um debate intenso sobre a decisão tomada por Merkel em 2015 de acolher mais de 1 milhão de refugiados.

"Não existe desculpa ou razão para se caçar pessoas, usando violência e slogans nazistas, mostrando hostilidade a pessoas de aparência diferente, que têm um restaurante judeu, para ataques a policiais", disse Merkel ao Bundestag, a câmara baixa do Parlamento.

"Não permitiremos que grupos inteiros de nossa sociedade sejam excluídos na surdina", disse ela, acrescentando que judeus, cristão e ateus têm lugar na sociedade alemã e que a dignidade humana é fundamental.

A chanceler reagia a um discurso apaixonado do líder do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que disse que a "paz doméstica" da nação está em risco.

"Por mais repugnantes que sejam as saudações a Hitler, gostaria de lembrá-los que o evento realmente grave em Chemnitz foi o ato sangrento de dois postulantes a asilo", disse Alexander Gauland.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaNazismoAngela MerkelFascismo

Mais de Mundo

Fim do horário de verão na Europa? Comissão europeia defende mudança

Milei nomeia secretário das Finanças, Pablo Quirno, como chanceler

Por que as eleições de domingo são decisivas para o governo Milei?

Na Argentina, 30% vive bem e 70% sofre, diz economista