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Publicado em 28 de julho de 2025 às 15h05.
A segunda edição da Mesa Redonda China-América Latina e Caribe sobre Direitos Humanos ocorreu em 25 de julho de 2025, em São Paulo, com o tema central “Comunidade de Destino Comum China-América Latina e o Desenvolvimento da Causa dos Direitos Humanos”.
O evento reuniu mais de 130 autoridades, especialistas, acadêmicos, representantes de organizações sociais, think tanks e veículos de comunicação da China, América Latina e Caribe.
O foco das discussões foi a cooperação em direitos humanos entre a China e a América Latina, levando em consideração novas tendências globais, como a era digital e as mudanças climáticas, além de analisar as contribuições dos países para a governança global dos direitos humanos.
Wang Yanwen, vice-secretário-geral da Sociedade Chinesa de Estudos de Direitos Humanos, destacou as oportunidades e desafios que o desenvolvimento dos direitos humanos enfrenta no cenário internacional atual. Ele enfatizou a necessidade de fortalecer a cooperação em estudos de direitos humanos entre China e América Latina, incentivando o uso ético de tecnologias digitais e inteligentes, além de manter a governança ambiental e o desenvolvimento sustentável. Para Wang, a governança global dos direitos humanos deve ser baseada em equidade, justiça, racionalidade e inclusão.
Zhang Donggang, secretário do Comitê do Partido Comunista da China da Universidade Renmin, argumentou que os países da China e da América Latina devem promover os direitos humanos por meio da troca civilizacional e do compartilhamento de experiências. Ele defendeu uma solução conjunta para desafios globais, o que contribuiria para o avanço global da causa dos direitos humanos com a sabedoria sino-latino-americana.
César Martins, vice-reitor da Universidade Estadual Paulista (UNESP), ressaltou que, apesar das diferenças culturais e de estilo de vida, é possível promover a cooperação para o bem comum dos povos. Ele acredita que a troca de experiências entre China e América Latina no campo dos direitos humanos pode servir como exemplo para outras regiões.
Yu Peng, Cônsul-Geral da China em São Paulo, afirmou que China e América Latina têm um papel importante na construção de uma comunidade de destino comum, colaborando para enfrentar desafios globais e promover avanços na área dos direitos humanos.
Shaira Downs, membro da Assembleia Nacional da Nicarágua, manifestou que seu país está disposto a defender, junto com a China e outros países latino-americanos, a soberania, a paz e a dignidade dos povos, aproveitando o diálogo da mesa redonda.
Arley Gill, presidente da Comissão Nacional de Reparações de Granada, relacionou o desenvolvimento dos países em desenvolvimento à garantia dos direitos humanos. Ele destacou os esforços da China no combate à pobreza, na melhoria da saúde pública e na elevação do padrão de vida, além de manifestar interesse em ampliar a cooperação bilateral.