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Metade da população do Sudão do Sul sofre de desnutrição

Em janeiro de 2018, 5,3 milhões de pessoas, 48% da população do país, estavam em situação de insuficiência alimentar

Sudão do Sul: a ONU considera que a fome não é de origem climática, mas "provocada pelo homem" (Siegfried Modola/Reuters)

Sudão do Sul: a ONU considera que a fome não é de origem climática, mas "provocada pelo homem" (Siegfried Modola/Reuters)

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AFP

Publicado em 26 de fevereiro de 2018 às 18h57.

Quase metade da população do Sudão do Sul, um país em guerra desde 2013, sofre de desnutrição, um aumento de 40% em um ano, segundo um informe publicado nesta segunda-feira (26) por três agências das Nações Unidas.

Em janeiro de 2018, 5,3 milhões de pessoas, 48% da população do país, estavam em situação de insuficiência alimentar e nos três níveis mais altos da escala IPC, o critério mais usado para avaliar a segurança alimentar.

O dado representa um aumento de 40% em um ano, segundo um informe apresentado conjuntamente pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (Fao) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA).

Entre fevereiro e junho de 2017, o Sudão do Sul viveu quatro meses de uma fome que afetou cerca de 100.000 pessoas nos condados de Leer e Mayendit.

"A melhora do acesso [à população] e a ajuda humanitária maciça conseguiram conter a fome. Apesar disso, as previsões de insegurança alimentar nunca foram tão ruins quanto agora", disseram as três agências em um comunicado comum.

A ONU considera que a fome não é de origem climática, mas "provocada pelo homem". Os quatro anos de guerra civil limitaram a produção agrícola, destruíram os estoques de alimentos, provocaram uma enorme inflação e obrigaram a população a fugir de suas casas.

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