Agência de notícias
Publicado em 12 de julho de 2025 às 12h44.
Última atualização em 12 de julho de 2025 às 12h47.
O governo do México classificou, neste sábado, 12, como um "tratamento injusto" a imposição de tarifas de 30% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos do país vizinho.
O anúncio das tarifas foi comunicado ao México durante negociações realizadas nos Estados Unidos na sexta-feira entre as autoridades de ambos os países. "Mencionamos na mesa que se tratava de um tratamento injusto e que não concordávamos", afirmaram os Ministérios da Economia e das Relações Exteriores em um comunicado conjunto.
"O México já está em negociações" para chegar a um acordo sobre "uma alternativa" às tarifas "que proteja empresas e empregos em ambos os lados da fronteira", acrescentaram os ministérios.
O governo, liderado pela presidente Claudia Sheinbaum, espera "resolver qualquer possibilidade" de que as tarifas alfandegárias entrem em vigor em 1º de agosto, como anunciou Trump, acrescentou o comunicado.
O México é um dos países mais vulneráveis às tarifas do presidente republicano, já que 80% de suas exportações têm como destino os Estados Unidos, seu maior parceiro comercial.
A imposição de tarifas ao México, segundo Trump, está relacionada aos cartéris de drogas e o que chamou de "crise do fentanil" nos Estados Unidos.
"Os Estados Unidos impuseram tarifas ao México para lidar com a crise do fentanil da nossa nação, que é causada, em parte, pela falha do México em deter os cartéis, que são compostos pelas pessoas mais desprezíveis que já caminharam sobre a Terra, de despejar essas drogas em nosso país", afirmou o republicano, na carta.
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O presidente dos Estados Unidos reconheceu que o México tem ajudado a proteger a fronteira, mas as medidas adotadas ainda são, segundo ele, insuficientes.
"O México ainda não conseguiu deter os cartéis que tentam transformar toda a América do Norte em um playground do narcotráfico. Obviamente, não posso permitir que isso aconteça!", afirmou Trump.