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México responderá a tarifas de Trump com novas medidas; Sheinbaum convoca anúncio público

Presidente mexicana critica imposto de 25% dos EUA e divulgará retaliação no domingo na Cidade do México

Claudia Sheinbaum: ecidimos responder com medidas comerciais que apresentarei no domingo (AFP)

Claudia Sheinbaum: ecidimos responder com medidas comerciais que apresentarei no domingo (AFP)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 4 de março de 2025 às 11h30.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, declarou nesta terça-feira, 4, que não há justificativa para a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 25% sobre produtos mexicanos. Em resposta, o governo mexicano adotará tarifas e restrições comerciais, cujo detalhamento será feito no próximo domingo, dia 9 de março, em um evento público na Cidade do México.

"A decisão unilateral dos EUA afeta empresas nacionais e estrangeiras que operam no México e prejudica nossa população. Por isso, decidimos responder com medidas comerciais que apresentarei no domingo", afirmou Sheinbaum.

A presidente reforçou que a intenção do México não é iniciar uma guerra comercial, mas sim fortalecer a integração econômica da América do Norte diante da concorrência global. "Infelizmente, essa decisão vai no sentido contrário ao que deveríamos estar fazendo", disse.

EUA impõem tarifas sob justificativa de tráfico de fentanil e imigração

As novas tarifas dos EUA entraram em vigor nesta terça-feira, afetando produtos do México e do Canadá. Trump justificou a medida como uma resposta ao tráfico de fentanil e à imigração irregular, após um mês de suspensão das tarifas.

Na segunda-feira, 3, o presidente americano afirmou que nem o México nem o Canadá tinham margem para negociação para evitar as taxas, sinalizando um endurecimento da política comercial.

A resposta do México pode atingir setores estratégicos da economia americana, como produtos agrícolas e manufaturados, além de eventuais barreiras regulatórias. Sheinbaum destacou que o governo segue monitorando a situação e reforçou que “o México se respeita, somos nações iguais”.

*Com agências internacionais

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