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México tem plano B caso Trump leve adiante ameaça de tarifas, diz Sheinbaum

Sem detalhar as estratégias, ela garantiu que sua administração tem alternativas caso a medida entre em vigor na terça-feira

Claudia Sheinbaum:  (AFP)

Claudia Sheinbaum: (AFP)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 3 de março de 2025 às 15h30.

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O México está pronto para responder a uma eventual imposição de tarifas de 25% sobre produtos mexicanos pelos Estados Unidos, afirmou a presidente Claudia Sheinbaum nesta segunda-feira, 3. Sem detalhar as estratégias, ela garantiu que sua administração tem alternativas caso a medida entre em vigor nesta terça-feira, 4. “Temos um plano A, B, C, D” , disse a presidente do país, pedindo serenidade diante da incerteza.

Sheinbaum reforçou que a decisão cabe exclusivamente ao governo norte-americano e alertou contra especulações. “Vamos esperar, não vamos gerar incerteza”, afirmou.

Na semana passada, o presidente Donald Trump declarou que as tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá entram em vigor nesta terça-feira, enquanto o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse que o cenário ainda pode mudar e que Trump definirá os níveis.

Negociações e impacto econômico

Como parte do acordo fechado em fevereiro, o México reforçou sua fronteira com 10 mil agentes da Guarda Nacional para conter fluxos migratórios, enquanto os EUA se comprometeram a combater o tráfico de armas de alto calibre para o território mexicano.

Sheinbaum destacou que as apreensões de fentanil nos EUA diminuíram desde o início de seu governo, em 2 de outubro de 2024, e que isso demonstra a eficácia da cooperação bilateral. "As reuniões do gabinete de segurança e do chanceler Juan Ramón de la Fuente com autoridades americanas foram muito boas", disse.

A possível imposição de tarifas pode afetar setores estratégicos da economia mexicana, como automotivo, têxtil, dispositivos médicos e agrícola, todos dependentes do Tratado entre México, Estados Unidos e Canadá (T-MEC). Empresários dos três países já demonstraram preocupação com o impacto econômico da medida.

Diante do cenário incerto, Sheinbaum pediu calma. "Seja uma decisão total, parcial ou nenhuma, devemos manter a tranquilidade", concluiu.

*com agências internacionais

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