Mundo

Miguel Díaz-Canel faz sua 1ª viagem aos EUA para denunciar embargo na ONU

O presidente cubano vai participar da Assembleia da ONU em meio a um conflito com os EUA sobre o possível ataque a embaixadores americanos

Díaz-Canel: o presidente cubano deve se pronunciar nesta segunda e na quarta-feira (Carlo Allegri/Reuters)

Díaz-Canel: o presidente cubano deve se pronunciar nesta segunda e na quarta-feira (Carlo Allegri/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 24 de setembro de 2018 às 13h59.

Havana - O novo presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, chegou a Nova York no domingo em sua primeira visita aos Estados Unidos, onde denunciará o embargo econômico norte-americano de décadas contra seu país na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), noticiou a mídia estatal.

As tensões entre os inimigos da Guerra Fria se intensificaram depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, endureceu o embargo no ano passado, na esteira da retomada das relações diplomáticas levada a cabo por seu antecessor, Barack Obama. Washington também alegou a ocorrência de uma série de ataques contra a saúde de seus diplomatas em Havana.

O governo cubano disse que nenhum ataque aconteceu e que a gestão Trump está usando qualquer um que tenha ocorrido - se algum de fato ocorreu - como pretexto para escalar sua postura hostil contra a ilha comunista.

Díaz-Canel, que assumiu a Presidência de seu mentor, Raúl Castro, em abril, discursará na Cúpula de Paz Nelson Mandela da Assembleia-Geral nesta segunda-feira e na própria Assembleia-Geral na quarta-feira, segundo o veículo estatal Cuba debate.

Nesta sessão Cuba apresentará pelo 27º ano seguido uma resolução pedindo o fim do embargo comercial dos EUA contra a ilha.

"Trazemos a voz de Cuba que, acima de tudo, vem denunciar a política anormal do bloqueio, uma política que já fracassou, continuará a fracassar e que é o bloqueio mais longo da história da humanidade", disse Díaz-Canel ao chegar, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores cubano.

Acompanhe tudo sobre:CubaEstados Unidos (EUA)Miguel Díaz-CanelONU

Mais de Mundo

México pede que EUA reconheçam que têm 'um problema grave de consumo de drogas'

Rússia considera 'inaceitável' plano europeu para força de paz na Ucrânia

Trump publica carta endereçada a Bolsonaro e volta a criticar processo no STF

Casa Branca responde Lula e diz que Trump não quer ser o 'imperador do mundo'