Agência de Notícias
Publicado em 22 de setembro de 2025 às 14h41.
O presidente da Argentina, Javier Milei, expressou nesta segunda-feira seu agradecimento ao Departamento do Tesouro dos Estados Unidos pelo “apoio incondicional” a seu país.
Milei fez o agradecimento depois que o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, confirmou que manterá o apoio financeiro à Argentina por meio do Fundo de Estabilização Cambial (ESF).
“Enorme agradecimento ao secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e ao presidente Donald Trump pelo apoio incondicional ao povo argentino, que há dois anos escolheu reverter um século de decadência com muito esforço”, escreveu Milei em mensagem publicada na rede social X (ex-Twitter).
“Nós que defendemos as ideias da liberdade devemos trabalhar juntos pelo bem-estar de nossos povos. Nos vemos na terça-feira em Nova York”, acrescentou o presidente argentino, em referência à reunião bilateral agendada com Trump no âmbito da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.
“A Argentina é um aliado sistemicamente importante dos EUA na América Latina e o Departamento do Tesouro está disposto a fazer o que for necessário dentro de seu mandato para apoiar a Argentina”, escreveu Bessent também no X.
O secretário americano especificou que o apoio poderia contemplar, entre outras alternativas, linhas de swap, compras diretas de moeda estrangeira e aquisição de dívida soberana em dólares americanos por meio do Fundo de Estabilização Cambial do Tesouro.
“As oportunidades para o investimento privado continuam amplas e a Argentina voltará a ser grande”, destacou Bessent, que será o responsável por entregar a Milei o prêmio Global Citizen Award, concedido pelo centro de estudos Atlantic Council, durante um evento de gala na quarta-feira em Nova York.
Milei confirmou na última semana que seu governo está negociando um novo empréstimo com o Tesouro dos EUA para fazer pagamentos da dívida em 2026, que serão de US$ 4 bilhões em janeiro e outros US$ 4,5 bilhões em julho.
A Argentina atravessa um momento de forte tensão financeira, após a forte alta do preço do dólar no mercado cambial, em detrimento do peso argentino, pelo que o banco central decidiu na última semana vender até US$ 1,11 bilhão para tentar frear a alta da moeda americana.