Mandatário argentino aplaudiu o recente filme dirigido por Mariano Cohn e Gastón Duprat (Tomas Cuesta/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 16 de agosto de 2025 às 14h49.
O presidente argentino Javier Milei destacou o filme recentemente lançado Homo Argentum, protagonizado pelo ator Guillermo Francella, porque "deixa em evidência muitos dos aspectos da sombria e hipócrita agenda dos 'progress caviar' (woke)", segundo afirmou em uma publicação neste sábado em sua conta na rede social X.
Em um texto intitulado "Homo Argentum: dissonância cognitiva no coração woke", o mandatário aplaudiu o recente filme dirigido por Mariano Cohn e Gastón Duprat e opinou sobre as críticas negativas que recebeu: "A eles dói muito o filme porque lhes apresenta um espelho no qual vem à tona tudo o que são".
Também chamou de "fracassados totais e absolutos" membros da indústria do cinema argentino, porque considera que Homo Argentum alcança sucesso nas salas do país "sem financiamento do Estado".
O filme, em que Francella interpreta 16 personagens diferentes, vendeu mais de 175 mil ingressos nos dois primeiros dias desde sua estreia, na quinta-feira, 14 de agosto, informou o site especializado Otros Cines.
Em sua publicação deste sábado, Milei aproveitou para atacar um setor que qualifica como "progre": "Quanto maior a quantidade de parasitas mentais dentro da cabeça do progre, muito maior é o ódio e os gritos lamurientos desse exército de zumbis (cabeças de polvo térmicas) cujos aspectos centrais de sua existência são ser invejosos, ressentidos, mentirosos, hipócritas e, acima de tudo, ignorantes (ao menos em economia)".
"Não se irritem com a realidade e os dados, tentem sair da miserável vida que vivem com elevação", acrescentou o presidente para encerrar sua mensagem.
Guillermo Francella consegue em Homo Argentum encarnar diversos personagens e mostrar suas múltiplas facetas como intérprete. “Não foi fácil compor tantos personagens, mas graças a Deus foi feito cronologicamente. Escolhia-se a vinheta para determinada locação e ficávamos lá três dias. Começava-se e terminava-se cada episódio", disse ele à EFE em entrevista publicada em 8 de agosto.
O codiretor Mariano Cohn, por sua vez, falou do trabalho de Francella com admiração: “É um dos melhores atores da Argentina, para mim o melhor ator do mundo para assumir esse tipo de papel”.
O filme nasceu de uma ideia do próprio Francella que, durante as filmagens da série O Encargado (também criada por Cohn e Duprat, em 2022), propôs aos diretores assistir Os Monstros (1963), uma comédia neorrealista italiana dirigida por Dino Risi.
Festival de Gramado abre nesta sexta com 'O Último Azul' e homenagem a Rodrigo Santoro“Me marcou muito o filme. Era de episódios com muito humor. Falavam do gene italiano, que se mostrava de corpo e alma, com humor, com crítica social, com reflexão. Eu lhes disse: 'Deveríamos fazer isso com o nosso gene, o argentino'", contou Francella à EFE.