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Milei diz que Argentina fará reformas para se adequar às tarifas de Trump

Argentina buscará ajustar suas tarifas para atender à proposta de Trump, incluindo 50 produtos de comércio bilateral

Tarifas comerciais: Javier Milei anuncia reformas para atender aos requisitos de Donald Trump sobre tarifas (Oscar Rivera/AFP)

Tarifas comerciais: Javier Milei anuncia reformas para atender aos requisitos de Donald Trump sobre tarifas (Oscar Rivera/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 4 de abril de 2025 às 07h53.

Última atualização em 4 de abril de 2025 às 07h55.

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O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou na quinta-feira, 3, durante um evento em Mar-a-Lago, a residência privada de Donald Trump na Flórida, que impulsionará reformas para atender aos "requisitos" do presidente dos Estados Unidos sobre tarifas.

O político libertário foi convidado para a gala Americas Patriots em Mar-a-Lago, onde recebeu o prêmio "Make America Great Again" (Fazer a América Grande Novamente) e onde espera ter um encontro informal com Trump, um dia depois de o republicano anunciar tarifas para quase todos os países do mundo.

"Argentina avançará para ajustar a regulamentação de forma a cumprirmos os requisitos da proposta de tarifas recíprocas elaborada pelo presidente Donald Trump", anunciou Milei durante seu discurso, provocando aplausos do público presente na gala.

A decisão foi tomada, segundo ele, após reuniões que o chanceler argentino, Gerardo Werthein, teve esta semana em Washington com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o secretário de Comércio, Howard Lutnick.

Milei, um firme aliado de Trump, explicou que buscará a "harmonização das tarifas de uma cesta de cerca de 50 produtos para que fluam mais livremente" entre a Argentina e os Estados Unidos.

Segundo o líder argentino, seu país já cumpre nove dos 16 requisitos estabelecidos pelo republicano.

Trump anunciou na quarta-feira uma tarifa de 10% para quase todos os países do mundo, incluindo a Argentina, embora em alguns casos a tarifa seja ainda maior, como no caso da China e da União Europeia (UE).

De acordo com o republicano, essas tarifas são uma represália às barreiras comerciais aplicadas por outros países aos produtos dos Estados Unidos.

O porta-voz presidencial argentino, Manuel Adorni, celebrou nesta quinta-feira que seu país foi "beneficiado", recebendo "as tarifas mais baixas", de 10%, assim como outros países da região, como Brasil, Chile e Colômbia.

Esta é a décima viagem de Milei aos Estados Unidos desde sua posse, em dezembro de 2023, e o terceiro neste ano, depois de sua presença na posse de Trump em janeiro e sua participação na Conferência de Ação Conservadora (CPAC) em fevereiro, em Washington, onde se encontrou com o republicano.

Milei foi à gala acompanhado do ministro da Economia, Luis Caputo, do chanceler Werthein e da secretária-geral da Presidência, sua irmã Karina Milei.

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