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Milei nomeia secretário das Finanças, Pablo Quirno, como chanceler

Com a nomeação, o governo busca aprofundar a integração entre a chancelaria e o Ministério da Economia

Quirno atuou como diretor para a América Latina do banco de investimentos JP Morgan com base em Nova York (Brendan SMIALOWSKI / AFP)

Quirno atuou como diretor para a América Latina do banco de investimentos JP Morgan com base em Nova York (Brendan SMIALOWSKI / AFP)

Publicado em 23 de outubro de 2025 às 13h15.

Última atualização em 23 de outubro de 2025 às 14h12.

O presidente argentino, Javier Milei, anunciou nesta quinta-feira a nomeação de Pablo Quirno como novo ministro das Relações Exteriores após a renúncia de Gerardo Werthein. Quirno, até então secretário de Finanças e figura central da equipe econômica do governo, assume o cargo em um momento estratégico para a política externa do país.

Formado em ciências econômicas pela Universidade da Pensilvânia (EUA), Quirno atuou como diretor para a América Latina do banco de investimentos JPMorgan com base em Nova York. No governo Milei, tem sido o braço direito do ministro da Economia, Luis Caputo — também ex-JPMorgan — com quem compartilha a condução das finanças argentinas desde dezembro de 2023.

Junto a Caputo e ao presidente do Banco Central, Santiago Bausili, Quirno foi um dos articuladores do recente acordo de apoio financeiro firmado com os Estados Unidos, assinado pelo secretário do Tesouro americano, Scott Bessent.

Após o anúncio oficial, Quirno agradeceu a confiança em publicação na rede social X: “Uma honra assumir esta nova responsabilidade. Muito obrigado ao presidente Javier Milei pela confiança e ao ministro Luis Caputo por tantos desafios compartilhados. Seguiremos trabalhando em equipe.”

Segundo comunicado da Presidência, Quirno é descrito como “membro-chave da equipe econômica que conseguiu evitar a maior crise da história do país e peça fundamental na construção do milagre argentino”.

De acordo com a nota oficial, o novo chanceler terá como foco “abrir a Argentina ao mundo, trabalhando nos acordos comerciais necessários para dinamizar a economia e construir mais e melhores vínculos entre os mercados internacionais e os produtores argentinos”.

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O próximo domingo, 26, é uma das datas mais aguardadas do ano na Argentina. Neste dia, haverá eleições legislativas, que renovarão o Congresso e, na prática, serão uma espécie de referendo, em que a população argentina poderá dizer se deseja que o presidente Javier Milei continue com suas políticas de austeridade. 

Em caso de derrota, Milei terá de passar os dois anos finais do mandato sem força para aprovar reformas e com o risco de ter seus decretos derrubados pelos parlamentares. Assim, suas medidas para conter a inflação, abrir a economia e atrair investimentos poderão ser interrompidas. 

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