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Milei recebe críticas do arcebispo de Buenos Aires em cerimônia pelo Dia da Pátria

Religioso falou sobre dificuldades vividas por aposentados, durante homilia em catedral

Javier Milei, presidente da Argentina, durante evento em Buenos Aires, em 25 de maio (Tomas Cuesta/AFP)

Javier Milei, presidente da Argentina, durante evento em Buenos Aires, em 25 de maio (Tomas Cuesta/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 25 de maio de 2025 às 12h45.

No âmbito do 215º aniversário da Revolução de Maio, o presidente da Argentina, Javier Milei, foi criticado neste domingo, 25, pelo arcebispo de Buenos Aires, Jorge García, durante o tradicional hino cristão Te Deum celebrado na Catedral Metropolitana, no qual o religioso pediu a superação da desigualdade social, da desinformação e da violência política.

"A Argentina sangra na desigualdade entre os que trabalham duro e os que viveram de privilégios que os distanciaram da rua, do transporte público e de saber quanto valem as coisas em um supermercado", disse o arcebispo, em uma mensagem dirigida à classe política.

O Te Deum, cerimônia litúrgica que comemora o estabelecimento do primeiro governo local independente da Argentina em 1810, conhecido como Dia da Pátria, contou com a presença de todo o gabinete de Milei, incluindo a vice-presidente, **Victoria Villarruel**, que está isolada do governo há pelo menos um ano e que o presidente evitou cumprimentar na entrada da Catedral.

Queixa sobre aposentadorias

Durante sua homilia, García também se referiu à situação dos idosos no país e questionou: "Quantas gerações mais terão que reivindicar pensões dignas?" Nesse sentido, advertiu que "a fraternidade, a tolerância, o respeito estão morrendo" e que "se esses valores morrem, o futuro morre um pouco".

"Chega de nos arrastar pela lama das desqualificações e da violência. Basta de vivermos paralisados no ódio e no passado", afirmou o arcebispo, que também denunciou "o pão duro da desinformação, o velho pão da indiferença e da insensibilidade".

No primeiro ato litúrgico após a morte do papa Francisco, García também mencionou os "muitos irmãos e irmãs que sofrem marginalização e exclusão", entre eles jovens presos pelo tráfico de drogas, pessoas nas ruas, famílias afetadas por enchentes e pessoas com deficiência.

Milei ouviu a mensagem sentado em frente ao altar, em uma cadeira especialmente preparada, e depois cantou o hino nacional junto com os presentes, entre eles os ministros Patricia Bullrich, Guillermo Francos e Luis Petri, bem como sua irmã e secretária-geral, Karina Milei.

Após a missa, Milei foi para a Praça de Maio, que estava envolta em neblina, para testemunhar a troca da guarda do Regimento de Patricios, cerimônia que encerrou as atividades oficiais do dia.

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