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Militantes líbios querem vingar prisão de líder da Al Qaeda

Nazih al-Ragye foi capturado no sábado numa rua de Trípoli, e está sendo mantido a bordo de um navio da Marinha norte-americana

Protestos na Líbia: grupo acusa governantes de terem conhecimento prévio da operação (Esam Omran Al-Fetori/Reuters)

Protestos na Líbia: grupo acusa governantes de terem conhecimento prévio da operação (Esam Omran Al-Fetori/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2013 às 11h04.

Dubai - Militantes líbios propuseram sequestrar cidadãos norte-americanos em Trípoli e realizar ataques a gasodutos, navios e aviões para vingar a prisão de um alto membro da Al Qaeda capturado no fim de semana por forças especiais dos EUA na Líbia.

Nazih al-Ragye, mais conhecido como Abu Anas al-Liby, é suspeito de envolvimento nos atentados de 1998 contra as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, que mataram 224 civis.

Ele foi capturado no sábado numa rua de Trípoli, e está sendo mantido a bordo de um navio da Marinha norte-americana no mar Mediterrâneo, segundo autoridades dos EUA.

Mensagens de militantes líbios divulgadas na Internet e monitoradas pelo serviço Site incluem uma página do Facebook chamada "Benghazi está protegida por seu povo".

Ela sugere que os líbios fechem os acessos à capital e sequestrem cidadãos dos EUA e de países aliados, para poder trocá-los por militantes presos. O texto sugere também ações contra os dutos que exportam gás para a Europa, e que ataquem aviões e navios.

"A Líbia hoje ainda é um lugar de descrença, que está dominada por algo além da sharia (lei islâmica) de Alá; portanto, não há segurança para os descrentes aqui", disse a mensagem.

Em outro texto, postado em fóruns e redes sociais, o grupo intitulado "Os Revolucionários de Benghazi -- Al Bayda, Derna" condenou a captura do dirigente da Al Qaeda.


Ele acusa os governantes líbios de terem conhecimento prévio da operação, embora o primeiro-ministro Ali Zeidan tenha dito no fim de semana que seu governo cobrou explicações de Washington.

Desde a deposição do ditador Muammar Gaddafi, em 2012, militantes islâmicos - inclusive grupos ligados à Al Qaeda - usam o território líbio para contrabandear armas e como base para combatentes.

As autoridades dos EUA ofereciam uma recompensa de 5 milhões de dólares pela captura de Liby.

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