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Ministra de Saúde espanhola apresenta renúncia por corrupção

A ministra agradeceu ao presidente Mariano Rajoy sua confiança nela, assim como aos membros do Conselho de Ministros e a todos os companheiros de partido


	Ministra demissionária agradeceu ao presidente Mariano Rajoy sua confiança nela, assim como aos membros do Conselho de Ministros e a todos os companheiros de partido
 (Andrea Comas/Reuters)

Ministra demissionária agradeceu ao presidente Mariano Rajoy sua confiança nela, assim como aos membros do Conselho de Ministros e a todos os companheiros de partido (Andrea Comas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 16h43.

Madri - A ministra de Saúde, Serviços Sociais e Igualdade da Espanha, Ana Mato, apresentou nesta quarta-feira sua renúncia, depois que um juiz considerou que ela pode ter se beneficiado indiretamente e por meio de seu ex-marido de um esquema de corrupção.

O juiz Pablo Ruz propôs hoje julgar 43 acusados em um caso de corrupção, entre eles três ex-tesoureiros do governista Partido Popular, em um auto no qual incluiu a ministra da Saúde como responsável civil pelos presentes recebidos por seu ex-marido, Jesús Sepúlveda, ex-prefeito da cidade de Pozuelo, perto de Madri.

Em comunicado com o emblema do Ministério da Saúde, Mato afirma que "em nenhum caso" o juiz lhe acusa de "qualquer delito" nem lhe atribui "responsabilidade penal alguma".

"Não quero, sob nenhum conceito, que minha permanência nesta responsabilidade possa ser utilizada para prejudicar o governo da Espanha, seu presidente nem o Partido Popular", declarou Mato.

Segundo a agora ex-ministra, o juiz Ruz se limitou a comunicar-lhe a resolução "a efeitos meramente civis como consequência" de sua situação familiar "no momento no qual supostamente aconteceram os fatos" e no qual estava casada com Sepúlveda.

A ministra demissionária agradeceu ao presidente do governo, Mariano Rajoy, sua confiança nela, assim como aos membros do Conselho de Ministros e a todos os companheiros de seu partido.

As associações judiciais explicaram hoje que a citação à ministra Ana Mato no auto do juiz sobre o esquema de corrupção como "partícipe a título lucrativo" significa que não tem responsabilidade penal nos fatos, mas pode ter responsabilidade civil caso tenha se beneficiado de fundos de origem ilícita.

O presidente da Associação Profissional da Magistratura, Pablo Llarena, explicou à Agência Efe que a inclusão de Mato como responsável civil, por considerar que se beneficiou dos presentes supostamente recebidos por seu ex-marido, significa que embora "ignorasse o delito" pode ter obtido "alguma vantagem dele".

Mato apresentou sua renúncia depois que vários líderes da oposição pediram hoje sua saída do governo após conhecer o auto do juiz e perante o debate previsto para esta terça-feira no Congresso dos Deputados sobre corrupção.

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